3ª semana da gravidez – 1ª semana de vida do embrião
1 óvulo, 300 milhões de espermatozoides
A fertilização inicia-se quando um espermatozoide penetra o óvulo maduro e termina com a formação do zigoto (óvulo fertilizado que resulta da fusão do núcleo do espermatozoide com o do óvulo). Este processo leva cerca de 24 horas.
Após a ejaculação, um espermatozoide pode sobreviver mais de 48 horas dentro do corpo da mulher mas, dos 300 milhões de espermatozoides expelidos, apenas cerca de 1% (3 milhões) consegue percorrer o longo caminho e alcançar o útero.
O óvulo é protegido por uma membrana espessa (zona pelúcida) e, na maioria dos casos, apenas um espermatozoide a consegue atravessar. Após penetrar o óvulo, o espermatozoide perde a “cauda” e o seu núcleo funde-se com o núcleo do óvulo, dando origem ao zigoto. Este processo demora cerca de 24 horas, culminando com a fertilização do óvulo.
- Após a fertilização do óvulo, a célula inicial começa a dividir-se. Nas primeiras 24 horas o embrião divide-se em 2 células, às 48 horas em 4, às 72 horas em 8 e assim sucessivamente. Com 16 células, o zigoto transforma-se na mórula (semelhante a uma amora);
- Enquanto a divisão celular progride, o embrião deixa a trompa de Falópio a caminho do útero onde penetra 3 a 4 dias após a fertilização;
- Ao 4º dia, forma-se uma cavidade no centro da mórula onde as células se achatam e compactam dando origem ao blastócito;
- Por volta do 6º dia após a fertilização, o blastócito penetra no útero onde se implanta.
A elevada produção hormonal ajuda na fixação do blastocito à parede uterina: o ovário é induzido a segregar progesterona enquanto as glândulas do blastócito produzem a hormona beta HCG (gonadotrofina coriônica humana), hormona detetada nos testes de gravidez.
Nesta fase poderá começar a sentir alguns enjoos, particularmente pela manhã, fruto da intensa atividade hormonal que ajuda a criar as condições necessárias para a fixação do embrião na parede uterina, etapa fundamental para a continuação da gestação.
4ª Semana da gravidez – 2ª semana de vida do embrião
O embrião mede cerca de 1 mm
As células trofoblásticas (do blastócito) penetram em profundidade e destroem as células do revestimento uterino, criando os lagos venosos, estimulando o crescimento de novos capilares e iniciando a formação e desenvolvimento da placenta.
A massa celular do blastócito divide-se formando um disco com duas camadas de células. A camada superior dará origem ao embrião e à cavidade amniótica e a camada inferior dará origem à vesícula vitelina.
A gravidez ectópica (que ocorre quando a implantação do embrião acontece nos ovários ou as trompas) pode suceder a partir desta altura e, por vezes, pode prolongar-se para além da 10ª semana sem que seja detetada.
Cerca de 13 dias após a fertilização, as vilosidades coriónicas “agarram” o embrião ao local de implantação dentro da placenta em formação. O embrião implanta-se na parede uterina.
Inicia-se a formação do sangue e dos vasos sanguíneos e uma linha de células aparece na superfície do disco embrionário. Esta linha primitiva é a génese da ectoderma, mesoderma e endoderma, as partes constituintes do corpo do bebé.
Artigos deste tema
- 1ª e 2ª Semanas da gravidez – o que se passa no seu corpo
- 3ª e 4ª Semanas da gravidez – desenvolvimento embrionário
- 5ª e 6ª Semanas da gravidez – desenvolvimento embrionário
- 7ª e 8ª Semanas da gravidez – desenvolvimento embrionário
- 9ª e 10ª Semanas da gravidez – desenvolvimento embrionário
Cada bebé tem o seu próprio ritmo de crescimento, mesmo dentro do útero. As fases do desenvolvimento apresentadas correspondem a observações gerais, podendo ocorrer em períodos anteriores ou posteriores aos aqui indicados.