O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, revelou que novas regras a ser anunciadas em breve, transversais a todo o o sistema de saúde, podem resultar no fecho de algumas maternidades privadas. As declarações foram feitas em entrevista à SIC Notícias.
Fernando Araújo destacou que estas novas regras serão aplicadas para garantir qualidade e segurança. “Estão a ser delineadas algumas regras que vão ser anunciadas neste mês de janeiro. Irão ser aplicadas a todo o sistema de saúde e é verdade que, eventualmente, alguns blocos de partos privados poderão não conseguir cumprir e terão que ter esse desfecho”.
O responsável do SNS referiu que há maternidades privadas “que fazem 40 a 50 partos por ano, fazem eventualmente um parto por semana e com taxas de cesariana de 100%. Eu tenho dúvida se serão blocos de partos ou blocos cirúrgicos, o que é bem diferente”.
A rotatividade de maternidades e blocos de parto, semelhante ao que aconteceu nos períodos de Natal e Ano Novo, vai manter-se até março. Fernando Araújo afirmou que os resultados verificados foram favoráveis e que servirão de referência para futuros planeamentos.
Segundo o CEO do SNS, o objetivo “é sempre termos, na mesma área geográfica, uma resposta consistente e evitar que as grávidas andem a ter que perceber se aquele local vai estar aberto ou não, até à última hora, até ao último dia”.
Durante o fim-de-semana de Ano Novo, estiveram estar encerradas cinco maternidades portuguesas: as unidades das Caldas da Rainha, Loures, Barreiro, Beja e Portimão. O encerramento destes blocos consta do plano “Nascer em segurança no SNS”, divulgado pelo Serviço Nacional de Saúde para o funcionamento de maternidades.
No próximo dia 10 de janeiro, terça-feira, vai decorrer uma reunião com todos os hospitais para avaliar a operação “Nascer em Segurança”.
6 de janeiro 2022