Se descoberto numa fase inicial da gravidez, o risco de infeção do bebé pelo HIV na gestação pode ser drasticamente reduzido. Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, o risco de a mãe infetar o bebé pode ser minimizado e a equipa médica saberá como gerir o risco de infeção ao longo da gravidez e no trabalho de parto.
HIV na gestação
Uma mulher pode ser VIH-positiva mas não apresentar sinais da doença, aparentando um estado saudável que pode durar anos. No entanto, como está infetada e, porque o vírus está presente no seu organismo, pode transmiti-lo ao seu bebé durante a gestação.
Assim que a gravidez seja confirmada, o seu médico irá solicitar uma série de exames para despiste de determinadas doenças ou condições de saúde, nomeadamente o teste de diagnóstico VIH. São os chamados testes pré-natais.
Transmissão HIV na gestação
A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma infeção viral que destrói progressivamente certos tipos de glóbulos brancos e pode provocar a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS ou SIDA).
O vírus pode ser transmitido da mãe para o bebé em diferentes momentos:
- Durante o desenvolvimento uterino uma vez que o vírus pode passar através da placenta para a corrente sanguínea do feto;
- No parto, quando o bebé passa pelo canal de parto em direção ao exterior, no caso de contacto com o sangue ou com secreções vaginais infetadas;
- Após o nascimento através da amamentação. A infeção com HIV na gestação é uma contra-indicação para amamentar.
Sintomas HIV na gestação
- Os sintomas variam de nenhum a muito graves (SIDA);
- Os linfonodos podem inchar;
- A infeção pode afetar muitos órgãos tais como fígado, baço, coração, rins, cérebro e medula espinhal;
- Os sintomas podem incluir diarreia recorrente, pouco ganho de peso, infeções bacterianas invasivas e infeções virais.
Tratamento e prevenção HIV na gestação
Quando a mãe é seropositiva, as terapêuticas anti retrovíricas, ministradas durante a gravidez, permitem a redução do risco do seu bebé nascer infetado.
O tipo de tratamento e quando será iniciado varia consoante a gravidade dos sintomas e da grau da debilidade do sistema imunológico materno uma vez que, quanto mais enfraquecido estiver mais suscetível será de contrair outras infeções como citomegalovírus, toxoplasmose, entre outras.
Uma vez que as mulheres infetadas têm o sistema imunológico deprimido, no caso de HIV na gestação, é aconselhado o acompanhamento por um especialista e a realização de um estudo clínico.
O seguimento médico da gravidez será próximo para salvaguarda da saúde da mãe e do bebé já que as mulheres com HIV têm risco acrescido de desenvolver complicações como aborto espontâneo, parto prematuro ou comprometimento do normal desenvolvimento fetal.
Poderá ser recomendada a cesariana para fazer nascer o bebé e administrada medicação ao bebé após o parto para reduzir o risco de transmissão do vírus até à realização de um teste para despiste de uma eventual passagem do vírus da mãe para o bebé.