É extremamente gratificante e único ser mãe. No entanto, não é fácil, é na verdade muito exigente ser mãe, como tanto ouvimos dizer. E é verdade, principalmente nos primeiros tempos. Os cuidados constantes com o bebé recém-nascido tiram preciosas e inúmeras horas de sono. E ainda nem se recuperou do parto!
Agora, além de tudo isso, tem que se habituar ao novo ser que entrou na família e ao seu novo papel.
Contudo, à medida que o tempo passa, os períodos de sono aumentam e aos poucos recupera, ajusta-se e torna-se mais confiante. Tudo volta gradualmente ao lugar.
E quando menos esperava, dá consigo a pensar numa segunda gravidez. Só que desta vez tudo será mais fácil. É que já não vão haver surpresas, ou pelo menos tantas como da primeira vez.
Antes de ser mãe pela primeira vez
Tudo começa com a primeira gravidez. Com a primeira gravidez, o corpo sofre, normalmente, alterações mais profundas do que na(s) subsequente(s). E as emoções não são exceção.
As hormonas causam autênticas revoluções físicas e mentais. As mamas só completarão o seu desenvolvimento nesta altura, quando se preparam para a amamentação. Os músculos ficam com alguma frouxidão, especialmente na região pélvica.
E por fora? Além da barriga que se torna cada vez mais proeminente, acumula-se gordura na zona das coxas. A cara poderá ficar coberta de acne e as pernas de varizes. Á medida que a gravidez avança, poderão ainda ficar inchadas e poderá ser desconfortável. O cabelo, esse, pelo menos ficará mais bonito, solto e sedoso.
Algumas destas transformações irão permanecer durante os primeiros tempos do pós-parto, podendo dificultar o início da fascinante experiência que é maternidade.
Um mundo totalmente novo
Provavelmente terá, como eu, passado a sua primeira gravidez a pesquisar e a devorar avidamente todo o tipo de informação sobre a maternidade. E provavelmente terá tido tudo preparado, ou pelo menos o essencial, para o Grande Dia. E mal veio para casa, pode ter-se sentido com muito medo e parece que tudo o que aprendeu foi pela janela fora…. Como é tal possível?
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Não importa o quanto se preparou para o Grande Dia e para os dias que se seguem após o Grande Dia. A verdade é que, antes de se ser mãe pela primeira vez, é impossível estarmos totalmente preparadas. É difícil porque tudo é novo e o tempo é pouco para nos adaptarmos a tantas coisas novas.
A prioridade passa a ser um pequeno ser que está totalmente dependente de nós. E que, ainda para mais, veio sem livro de instruções.
Passamos de viver uma vida totalmente centrada em nós próprios, para uma vida em que abdicamos do nosso próprio bem-estar, em prol daquele pequeno ser.
Iniciamos uma fase de aprendizagem intensa e de emoções intensas, pois é necessária uma adaptação constante e um ajuste contínuo das prioridades. E isto tudo decorre enquanto nos debatemos com o desconforto físico do pós-parto, com as hormonas em anarquia total e sem um sono reparador para nos ajudar.
Importante: dicas para sobreviver as primeiras semanas, na primeira vez
- Não se sinta inibida em pedir ajuda com o bebé a um familiar ou amigo de confiança
- Não sabe? Pergunte ao pediatra, ao enfermeiro que trata do bebé, e não se sinta má mãe pois não nascemos ensinadas para tal
- Quando o bebé dormir, a mamã também dorme; aproveite todos os momentos para dormir porque é fundamental para ter energia
- Procure tirar uns minutos que seja por dia só para si, nem que seja para tomar um banho sem interrupção
- Saia de casa com o bebé
- Muito importante: não desespere pois progressivamente tudo fica mais fácil
A segunda vez
E na segunda vez? Como mencionámos atrás, a experiência da primeira vez terá desmistificado todos os nossos pré-conceitos sobre parentalidade. Nesta altura estará mais forte e mais sábia nestas coisas da maternidade porque já sabe o que esperar. Já terá desenvolvido os seus próprios truques que fazem” magia” com o seu bebé.
Claro que os bebés que nasçam posteriormente trarão consigo mais desafios e mudanças. No entanto, a sua forma de ver e pensar sobre a maternidade já estará sedimentada e saberá o que esperar.
Nesta altura já saberá mudar uma fralda de olhos fechados e traduzir de imediato o choro do seu bebé. Fará tudo e mais, enquanto se debate com o “terrorzinho” de três anos que faz “finca-pé” para não arrumar os brinquedos.
Mas, e importante, não se sentirá tão insegura e incapaz. Vai sentir-se bem mais confiante e que é um sucesso como mãe.
Adaptado de Motherly