Avaliação do desenvolvimento 18 meses
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sendo constante a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a velocidade de passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e, consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de referência da normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo tempo, motivar e encorajar os pais / educadores, que convivem e observam a criança no seu contexto natural, a levantarem questões e a participarem na promoção do desenvolvimento dos seus filhos.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 18 meses
Postura e motricidade global
- Anda bem;
- Apanha brinquedos do chão.
Visão e motricidade fina
- Constrói torre de 3 cubos;
- Faz rabiscos mostrando preferência por uma mão;
- Olha um livro de bonecos e vira várias páginas de cada vez.
Audição e linguagem
- Usa 6 a 26 palavras reconhecíveis e compreende muitas mais;
- Mostra em si ou num boneco os olhos, o cabelo, o nariz e os sapatos.
Comportamento e adaptação social
- Bebe por um copo sem entornar muito, levantando-o com ambas as mãos;
- Segura a colher e leva alimentos à boca;
- Não gosta que lhe peguem;
- Exige muita atenção;
- Indica necessidade de ir à casa de banho;
- Começa a copiar atividades domésticas.
Sinais de alarme 18 meses
- Não se põe de pé, não suporta o peso sobre as pernas;
- Anda sempre na ponta dos pés;
- Apresenta assimetrias;
- Não faz pinça – não pega em nenhum objeto entre o polegar e o indicador;
- Não responde quando o(a) chamam;
- Não vocaliza espontaneamente;
- Não se interessa pelo que o(a) rodeia; não estabelece contacto;
- Deita os objetos fora. Leva-os sistematicamente à boca;
- Tem estrabismo.
Atividades promotoras do desenvolvimento
- Ensinar a criança a guardar os brinquedos numa caixa ou num saco, para que aprenda a organizar-se.
- Pedir à criança que olhe e repita o nome de partes do corpo do boneco.
- Ensinar a criança a “rabiscar” na areia, na terra ou num papel, de modo a estimular a destreza manual e a área sensorial.
- Demonstrar o que é, e o que não é perigoso para ela.
- Elogiar a criança quando for capaz de realizar algo sozinha.
- Continuar a incentivar o convívio.
- Realizar atividades com música, incentivando a criança a dançar e a cantar.
- Reforçar a necessidade de impor regras e limites e não ceder à chantagem da criança.
Desenvolvimento infantil
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. A avaliação desse percurso, a deteção precoce de quaisquer perturbações, e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas para as quais está particularmente apta.
Assim, o acompanhamento das aquisições do desenvolvimento deverá ser um processo flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, do próprio processo maturativo da criança.
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 – 6 Semanas
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 6 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 9 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 12 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 2 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 5 Anos
Fonte: Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil que entrou em vigor a 1 de Junho de 2013 e substituiu o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª edição de 2005. Norma 010/2013 de 31/05/2013