Avaliação do desenvolvimento 3 meses
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sendo constante a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a velocidade de passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e, consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de referência da normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo tempo, motivar e encorajar os pais / educadores, que convivem e observam a criança no seu contexto natural, a levantarem questões e a participarem na promoção do desenvolvimento dos seus filhos.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 meses
Postura e motricidade global
- Em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo) – apoio nos antebraços;
- Em decúbito dorsal (deitado de costas para baixo) – postura simétrica, membros com movimentos ritmados;
- Em tração pelas mãos – cabeça ereta e coluna dorsal direita;
- De pé – flete os joelhos, não faz apoio.
Visão e motricidade fina
- Mantém mãos abertas – junta-as na linha média e brinca com elas;
- Segura brevemente a roca e move-a em direção à face;
- Segue uma bola pendente ½ círculo e horizontal;
- Apresenta convergência ocular;
- Faz pestanejo de defesa.
Audição e linguagem
- Atende e volta-se geralmente aos sons.
Comportamento e adaptação social
- Sorri;
- Tem boa resposta social à aproximação de uma face familiar.
Sinais de alarme 3 meses
- Não fixa, nem segue objetos;
- Não sorri;
- Não há qualquer controlo da cabeça;
- Tem as mãos sempre fechadas;
- Tem os membros rígidos em repouso;
- Apresenta sobressalto ao menor ruído;
- Chora e grita quando se toca;
- Pobreza de movimentos.
Atividades promotoras do desenvolvimento
- Interagir através da fala, usar a mímica do rosto e imitar o som de determinados objetos ou instrumentos musicais.
- Ouvir música suave na companhia do cuidador. Dançar, em ritmo suave, com o(a) bebé ao colo. Cantar.
- Mobilizar o(a) bebé, evitando que esteja deitada)o) demasiado tempo e na mesma posição.
- Procurar levantá-lo(a) devagar pelas mãos, como se fosse sentá-lo(a).
- Oferecer-lhe objetos para segurar, colocar objetos pendentes para que possa segui-los.
- Desenvolver um ritual de apoio à hora de dormir, sem deixar chorar desenfreadamente.
Desenvolvimento infantil
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. A avaliação desse percurso, a deteção precoce de quaisquer perturbações, e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas para as quais está particularmente apta.
Assim, o acompanhamento das aquisições do desenvolvimento deverá ser um processo flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, do próprio processo maturativo da criança.
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 – 6 Semanas
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 6 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 9 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 12 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 18 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 2 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 5 Anos
Fonte: Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil que entrou em vigor a 1 de Junho de 2013 e substituiu o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª edição de 2005. Norma 010/2013 de 31/05/2013