Avaliação do desenvolvimento 4 anos
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sendo constante a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a velocidade de passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e, consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de referência da normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo tempo, motivar e encorajar os pais / educadores, que convivem e observam a criança no seu contexto natural, a levantarem questões e a participarem na promoção do desenvolvimento dos seus filhos.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 anos
Postura e motricidade global
- Fica num pé sem apoio 3 a 5 segundos;
- Sobe e desce as escadas alternadamente;
- Salta num pé.
Visão e motricidade fina
- Constrói escada de 6 cubos;
- Copia a cruz;
- Combina e nomeia quatro cores básicas.
Audição e linguagem
- Sabe o nome completo, a idade e o sexo e habitualmente a morada;
- Apresenta linguagem compreensível;
- Tem apenas algumas substituições infantis.
Comportamento e adaptação social
- Pode vestir-se e despir-se só com exceção de abotoar atrás e dar laços;
- Gosta de brincar com crianças da sua idade;
- Sabe esperar pela sua vez.
Sinais de alarme 4 anos
- É hiperactivo(a), distraído(a) e tem dificuldade de concentração;
- Apresenta linguagem incompreensível, substituições fonéticas, gaguez;
- Tem estrabismo ou suspeita de défice visual;
- Apresenta perturbação do comportamento.
Atividades promotoras do desenvolvimento
- Promover as construções com lego e com puzzles.
- Proporcionar oportunidade para a criança fazer o desenho da figura humana.
- Inventar brincadeiras que envolvam distinção de cores e ensinar canções e versos.
- Pô-la a participar em afazeres, mesmo que sejam simbólicos.
- Dar oportunidade para a verbalização das suas vontades, aceitar a sensibilidade da criança, aceitando avanços e recuos.
- Mostrar as sequências das atividades.
- Promover brincadeiras onde exista movimento físico.
- Auxiliar a criança na diferenciação entre a emoção e o agir (consciência moral / solidariedade humana).
- Proporcionar a oportunidade da criança transmitir uma mensagem a outra pessoa.
- Não entrar em grandes pormenores quando questionados sobre sexualidade.
- Reforçar a necessidade de impor regras e limites e não ceder à chantagem da criança.
Desenvolvimento infantil
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. A avaliação desse percurso, a deteção precoce de quaisquer perturbações, e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas para as quais está particularmente apta.
Assim, o acompanhamento das aquisições do desenvolvimento deverá ser um processo flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, do próprio processo maturativo da criança.
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 – 6 Semanas
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 6 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 9 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 12 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 18 Meses
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 2 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 Anos
- Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 5 Anos
Fonte: Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil que entrou em vigor a 1 de Junho de 2013 e substituiu o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª edição de 2005. Norma 010/2013 de 31/05/2013