As ações do corpo do bebé são reguladas por dois grandes sistemas: o nervoso e o endócrino.
Estas hormonas têm uma grande influência no crescimento e desenvolvimento do bebé e regulam o equilíbrio interno do organismo.
A ocitocina, tambem designada como a “hormona do amor” ou da ligação afetiva, é uma hormona produzida no hipotálamo e libertada na corrente sanguínea.
Quando o organismo produz ocitocina, aumenta o bem-estar geral, o estado de felicidade e de satisfação consigo próprio e na relação com os outros, estreitando laços e reforçando a auto-estima.
Como o afeto dos pais afeta os níveis de stress do seu filho
A ação da ocitocina, no que respeita à relação entre a mãe e o seu bebé, revela-se desde cedo. Quando a mulher se prepara para o parto, o seu sistema endócrino liberta ocitocina, preparando-a quimicamente para se apaixonar pelo seu bebé.
Parte dessa ocitocina passa pela placenta e chega ao bebé, reduzindo os seus níveis de stress provocados pelo processo do parto e logo após o nascimento, quando se vê num meio completamente novo, assustado, manuseado, com frio e muita luz.
O processo de amamentação também liberta ocitocina, que ajuda a mãe a recuperar do parto e a fortalecer os laços emocionais com o seu bebé. Curiosamente, existe uma diferença hormonal entre bebés que são acarinhados e embalados quando são amamentados (ao peito ou com o biberão) e os que são alimentados de forma mecânica.
Os bebés mais acarinhados libertam mais ocitocina o que resulta em níveis mais elevados de bem-estar. Assim, quanto maior for o contacto físico e o afeto entre pais e filhos, mais forte será a ligação emocional entre ambos.
Por outro lado, os bebés que segregam maior quantidade de ocitocina durante períodos prolongados nos primeiros meses de vida, produzem menos hormonas de stress. Isto tem um efeito duradouro, ajudando a criança a crescer mais confiante e segura e a tornar-se num adulto mais feliz.