Boas condições e qualidade de vida são fundamentais na hora de pensar em construir família. Mais do que questão económicas, a saúde, felicidade das crianças, qualidade do sistema educativo, políticas de licenças familiares, espaços verdes e parques infantis são fatores cada vez mais tidos em conta hoje em dia pelos pais.
Mas, afinal, quais são as boas condições e qualidade de vida fundamentais na hora de pensar em construir família?
5. Japão
A última análise da UNICEF sobre o bem-estar infantil colocou o Japão na primeira posição do ranking relativamente à saúde das crianças. Para além de existir imenso espaço verde e uma grande segurança na rua, o Japão tem a taxa de obesidade infantil mais baixa, baixa mortalidade infantil e níveis mínimos de poluição do ar e da água que podem afetar a saúde dos mais pequenos. É, também, um dos países mais seguos para as famílias devido à fraca ocorrência de acidentes rodoviários e baixa taxa de homicidíos.
No centro de Tóquio, as crianças a partir dos 6 anos têm liberdade para ir para a escola sozinha. É algo perfeitamente normal, já que se trata de uma cidade bastante segura. Para além das melhores classificações em termos de saúde e segurança, o Japão tem também um dos melhores sistemas educativos do mundo, ocupando o 12º lugar entre 76 países. Mais ainda, garante 12 meses para cada progenitor usufruir de uma licença parental remunerada.
4. Estónia
A Estónia destaca-se neste ranking por diversos fatores: é um local onde as crianças estão menos expostas a poluição (até mesmo sonora) e a pesticidas, têm imenso espaço verde e parques infantis em cada bairro. Este é um dos países com a segunda taxa mais baixa de recém nascidos com peso abaixo da norma, o que, geralmente, é considerado como um bom indicador da qualidade dos cuidados pré-natais.
O sistema educativo é outro ponto que joga a favor da Estónia. As crianças apresentam elevados conhecimentos de matemática, ciências e skills digitais. Aliás, já nos infantários, os miúdos brincam com recurso a sistemas de robótica, computadores e outras plataformas digitais de forma a estimular a aprendizagem. Esta exposição, desde tenra idade, a várias áreas de conhecimento, pode explicar o facto de uma criança com média de cinco anos apresentar melhores competências sociais-emocionais, incluindo cooperação e empatia para com outras crianças e a identificação e interpretação de emoções, do que, por exemplo, nos EUA e na Inglaterra.,
A Estónia tem uma das políticas mais generosas de qualquer país do mundo no que diz respeito a licença de maternidade: 100 dias de licença para a mãe e 30 dias de licença para o pai (logo após o nascimento), seguidos de 475 dias de licença parental paga, a ser dividida – ou usada a tempo parcial – até a criança completar três anos.
3. Espanha
Espanha, aqui tão perto, foi classificada com a mais alta no ranking da UNICEF no que diz respeito à qualidade do ambiente, com níveis especialmente baixos de doenças infantis devido à poluição do ar ou da água.
Aqui, as crianças apresentam um bem-estar elevado: o país ocupa o terceiro lugar relativamente ao bem-estar mental das crianças e o quarto no que diz respeito às competências académicas e sociais básicas. Em particular, está ao nível dos Países Baixos em termos do número de crianças que dizem fazer amigos facilmente (81%), enquanto que a taxa de suicídio de adolescentes é ums das mais baixas dos países ricos.
A nível social, podemos dizer que Espanha é um dos países com uma cultura que abraça e celebra as crianças. Os mais pequenos são bem-vindos em qualquer lugar, os pais não têm que se preocupar em manter as crianças quietas ou caladas. Todas a gente é feliz a desfrutar do tempo em família.
Relativamente a licenças, tanto as mães como os pais usufruem de 16 semanas de licença remuneradas a 100% do seu salário (e os freelancers também são elegíveis!).
2. Finlândia
A Finlândia apresenta uma pontuação bastante elevada devido à qualidade do ar bem como do ambiente que rodeia a criança: boas escolas, diversos espaços verdes, pouco trânsito e máxima segurança nas ruas.
É um dos países com melhor desempenho a nível mundial em termos de alfabetização e conhecimentos de matemática. A taxa de mortalidade infantil é uma das mais baixas do mundo.
E o país oferece uma licença parental bastante simpática, incluindo oito semanas de licença de maternidade remunerada e 14 meses de licença parental remunerada a ser dividida entre os progenitores, bem como uma licença adicional para cuidar dos filhos até fazerem três anos.
1. Países Baixos
No topo da lista geral da UNICEF para o bem-estar das crianças encontram-se os Países Baixos. Particularmente conhecidos pela sua cultura e mentalidade moderna, aqui as famílias gozam de apoios excecionais para garantir o seu bem-estar.
Saem-se especialmente bem em termos de saúde mental infantil (são o número um) e em que nove em cada 10 crianças de 15 anos afirmam estarem felizes e plenamente satisfeitas com a sua vida (as estatísticas mais elevadas de todos os países estudados pela UNICEF), sendo que 8 em 10 dizem não ter qualquer dificuldade em fazer amigos.
Aqui há um grande ênfase na socialização, com grupos, clubes e atividades que preenchem a agenda das famílias. A Holanda garante imenso apoio às famílias, com excelentes sistemas de saúde, escolas e outras estruturas para incentivar as competências socio-emocionais dos mais pequenos.