Microcefalia é um transtorno neurológico pouco frequente, em que o perímetro da cabeça do bebé é muito mais pequeno quando comparado com o das crianças da mesma idade e sexo.
Por vezes, o problema é detetado logo ao nascer sendo, normalmente, resultado de um desenvolvimento anormal do cérebro durante a gestação ou após o nascimento, nos primeiros anos de vida.
Sintomas da microcefalia
O principal sinal de microcefalia é um perímetro da cabeça significativamente menor – dois ou mais desvios padrão – quando comparado com o de outras crianças da mesma idade e sexo. Um bebé com microcefalia pode, também, pender a cabeça para trás.
Causas da microcefalia
A microcefalia é, por norma, uma consequência do desenvolvimento anormal do cérebro que pode ocorrer no útero ou durante a infância.
As causas são variadas. Podem ser de origem genética (síndrome de Down, síndrome de Edwards, entre outros), malformações do sistema nervoso central, complicações no parto (quando há perda de oxigenação do bebé ao nível de prejudicar as suas funções cerebrais), infeções do feto durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola, infeção congénita por citomegalovírus), abuso de drogas ou álcool durante a gestação, diabetes materna mal controlada, insuficiência placentária, desnutrição grave da mãe durante o período gestacional, entre outras causas possíveis.
Tratamento da microcefalia
Não há um tratamento definitivo para a microcefalia apesar de a intervenção precoce melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança. A terapia da fala e a terapia ocupacional podem ajudar a melhorar o desenvolvimento e desempenho da criança nas suas atividades de vida diárias.
Microcefalia e o vírus Zica
O ministério da saúde brasileiro confirmou recentemente a relação entre o vírus Zika e o surto de casos de microcefalia naquele pais, apesar de ainda não ter sido determinada a relação entre os dois vetores devido ao curto espaço de tempo de estudo.
A Direção-Geral da Saúde português aconselhou entretanto, em comunicado, que as mulheres grávidas que tenham permanecido em áreas afetadas, que após o regresso, devem consultar o seu médico assistente mencionando a viagem.
Perante a possibilidade desta doença causar malformações em fetos e a fim de eliminar este risco, a Direção-Geral da Saúde recomenda que as grávidas não se desloquem, neste momento, para zonas afetadas. Caso tal não seja possível, devem procurar aconselhamento em Consulta do Viajante e seguir rigorosamente as recomendações dadas.