Qual o dentífrico ideal para as crianças?
Objetivo: prevenir a cárie dentária desde o primeiro dente.
A cárie dentária é um dos principais problemas de saúde infantil e juvenil. Em Portugal, cerca de 49% das crianças com 6 anos têm cárie dentária.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha que a higiene oral se inicie após a erupção do primeiro dente, com pequena quantidade de dentífrico com 1000-1500 partes por milhão (ppm) de flúor, quantidade equivalente à unha do quinto dedo da própria criança.
Esta recomendação mantém-se até aos 6 anos de idade. A partir dos 6 anos, a concentração de flúor recomendada para prevenção da cárie dentária é de 1500 ppm.
Benéficos do flúor
- Remineralização do esmalte;
- Inibição da desmineralização;
- Inibição da placa bacteriana.
Consequências do excesso de flúor
Contudo, o excesso de flúor, nomeadamente quando a concentração de flúor da pasta dentífrica excede a dose recomendada para a idade da criança, pode levar a efeitos indesejáveis, como a fluorose dentária.
A hipomineralização do esmalte tem consequências mais ou menos graves de acordo com o grau. Tanto pode dar origem a pequenas manchas ou linhas brancas na superfície dos dentes, com efeitos estéticos pouco importantes, como provocar rutura do esmalte e fratura dentária.
Até aos 6 anos de idade, o risco de fluorose dentária é acrescido uma vez pela fase de maturação do esmalte dos dentes que ocorre durante este período.
Para ter dentes saudáveis
O exemplo e o incentivo dos pais e a alimentação, têm um papel fundamental na prevenção da cárie dentária infantil.
Maus hábitos, como o excesso de alimentos e bebidas açucaradas, não escovar os dentes duas ou mais vezes por dia ou fazer uma escovagem pouco eficaz, acresce o risco de desenvolver uma cárie dentária prematuramente.
Nos primeiros anos de vida, a escovagem dos dentes deve ser feita pelos pais ou sob a sua supervisão, assegurando que a quantidade de dentífrico é adequada à idade da criança e que o excesso não é engolido.
Segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, a primeira consulta deve ser realizada quando os primeiros dentes “de leite” erupcionam ou, no máximo, até à criança completar o primeiro ano de vida. Idealmente, quando existe uma boa saúde oral, a criança deve ser observada cada 6 meses. Em situações de elevado risco de cárie, esta periodicidade deve ser reduzida para intervalos de 3 meses.
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