A hidrocefalia consiste no aumento da quantidade de líquido céfalo-raquidiano (LCR) dentro do crânio. Em consequência, o tamanho da cabeça é maior do que o normal. Uma malformação congénita, um tumor ou uma hemorragia cerebral, podem impedir a drenagem do líquido e dar origem a esta complicação.
Hidrocefalia
A hidrocefalia é uma malformação que ocorre quando o líquido céfalo-raquidiano (líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal) não consegue passar para a corrente sanguínea, acumulando-se no cérebro traduzindo-se num aumento de pressão no sistema ventricular.
Em resultado desta acumulação anormal de líquido, o crânio aumenta mais do que deveria para a idade do bebé / criança. Esta complicação pode dever-se a vários fatores como malformação congénita, um tumor intracraniano ou uma hemorragia cerebral. Ocorre em um de cada 2000 fetos e representa cerca de 12% das malformações graves encontradas na altura do nascimento.
A malformação hidrocefalia é a causa mais frequentemente de hidrocefalia nos recém-nascidos. Nas crianças mais velhas, a hidrocefalia deve-se, sobretudo, a tumores.
O tratamento é cirúrgico mas podem ocorrer incapacidades intelectuais, físicas e neurológicas.
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Causas da hidrocefalia
As causas do aumento dos níveis de líquido cefalorraquidiano são:
- Bloqueio do fluxo do líquido por tumores;
- Dificiente absorção do líquido pelo sangue;
- Excesso de produção de líquido;
- Mieloncelite (defeito congénito em que a coluna espinhal não fecha adequadamente durante o desenvolvimento embrionário);
- Defeitos genéticos;
- Infeções adquiridas durante a gravidez (como toxoplasmose, citomegalovírus, herpes).
Em crianças pequenas, a hidrocefalia pode ocorrer devido a:
- Infeções que afetam o sistema nervoso central (como meningite ou encefalite);
- Hemorragia cerebral durante ou logo após o parto (especialmente em bebés prematuros);
- Lesões antes, durante ou depois do parto;
- Tumores do sistema nervoso central, incluindo cérebro ou medula espinhal.
Sintomas da hidrocefalia
Entre os sintomas de hidrocefalia encontram-se:
- Saliência das veias da cabeça que ficam visivelmente aumentadas ou esticadas;
- Sons anormais quando o médico faz precursão no crânio (o que sugere problemas com os ossos cranianos);
- Dimensões anormalmente grandes da cabeça, sobretudo da parte frontal;
- Olhar perdido e vago;
- Problemas respiratórios;
- Sonolência extrema;
- Dificuldade em comer;
- Febre;
- Choro agudo;
- Batimentos cardíacos anormais;
- Dor de cabeça forte;
- Rigidez da nuca;
- Vómitos.
Em crianças mais velhas, os sintomas podem incluir:
- Choro breve e agudo;
- Mudanças na personalidade, memória ou na capacidade de raciocinar ou pensar;
- Mudanças na aparência facial e espaçamento entre os olhos;
- Estrabismo ou movimentos descontrolados dos olhos;
- Dificuldade em alimentar-se;
- Sonolência excessiva;
- Dor de cabeça;
- Irritabilidade;
- Incontinência urinária;
- Perda de coordenação motora e dificuldade em andar;
- Espasticidade muscular (espasmos);
- Crescimento lento (crianças de 0 a 5 anos);
- Movimentação lenta ou restrita;
- Vómitos.
Diagnóstico da hidrocefalia
O diagnóstico pode ser realizado durante a gravidez através de ecografia.
A medição do perímetro cefálico, repetida ao longo do tempo, também podem confirmar o crescimento anormal do crânio da criança mais velha.
A tomografia é indicado como o exame mais adequado para o diagnóstico da hidrocefalia mas existem outros exames como a arteriografia, ecografia cerebral, raio-x, entre outros.
Tratamento da hidrocefalia
O tratamento visa criar uma via alternativa para a drenagem do líquido aliviando, desta forma, o excesso de pressão dentro do cérebro. Punções, drenos ou cirurgia são os tratamentos mais comuns definidos segundo o diagnóstico.