Quando nasceu já vinha “equipada” com a quota completa de gâmetas (ou células sexuais com metade dos cromossomas necessários para gerar um novo bebé sendo que, a outra metade é “fornecida” pelo espermatozoide aquando da fertilização do óvulo maduro), entre um a dois milhões. Durante a sua vida fértil, o ciclo menstrual amadurece e liberta um ou mais óvulos e o seu corpo prepara-se para uma eventual fecundação bem sucedida.
Caso dois óvulos distintos amadureçam e sejam libertados e dois espermatozoides diferentes fecundem cada um dos óvulos, fica grávida de gémeos fraternos, também designados como gémeos falsos ou dizigóticos. Se um único óvulo for fecundado por um espermatozoide e se dividir em dois posteriormente, fica grávida de gémeos idênticos, também designados como gémeos verdadeiros ou monozigóticos.
A meio do ciclo menstrual, o óvulo maduro sai do ovário e desliza pela trompa de Falópio, onde, por 24 horas, aguarda a chegada de um espermatozoide que o fecunde. Se tal não acontecer, o óvulo degenera e é expulso no próximo menstrual. E o ciclo repete-se por toda a idade fértil até que, um dia, se dá um encontro bem sucedido com um espermatozoide, dando início à formação de uma nova vida. O seu pequeno bebé.
No auge do período fértil do período menstrual, o muco cervical fica leve e aquoso para ajudar a “empurrar” os espermatozoides pelo sinuoso e o longo caminho até à trompa de Falópio, onde o óvulo os aguarda. Quando um espermatozoide atinge o óvulo (fertilização), uma reação química instantânea “cela” o óvulo impedindo a entrada de outros espermatozoides evitando, assim, mal formações.
Os cromossomas dos pais fundem-se e, nesse momento, fica definido o sexo do seu bebé. O ovo fertilizado começa a descer lentamente até à cavidade uterina onde se fixa, alojando-se ai nos próximos 9 meses.
À medida que viaja a caminho do útero, inicia-se o processo de divisão celular (mitose). De célula única (zigoto) passa a uma massa com cerca de 100 células (blastócito), que entra no útero cerca de 6 a 7 dias após a fertilização, dando início à fase mais delicada do desenvolvimento embrionário e que se prolonga até ao final do primeiro trimestre da gravidez.
Em apenas 12 semanas, um amontado de células desenvolve-se e transforma-se num ser humano completamente formado.
Chegado ao útero, o blastócito enterra-se na parede uterina (endométrio) e começa a diferenciar-se. As células internas dão origem aos tecidos e órgãos do embrião e as externas à placenta, suporte de vida por toda a gestação.
Ao mesmo tempo que acontece esta corrida para a vida, o seu corpo modifica-se para proteger e nutrir o embrião em desenvolvimento.
As profundas alterações hormonais provocam, entre outros sintomas, alterações de humor, enjoos, náuseas e sonolência. Se está a tentar engravidar, é chegado o momento de tomar algumas precauções como evitar o tabaco e o álcool, não ingerir medicamentos, fazer uma alimentação equilibrada e continuar a tomar ácido fólico.
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