A resposta é sim, por vários motivos. As células estaminais do sangue do cordão umbilical têm vindo a ser utilizadas na prática clínica há várias décadas, para o tratamento de mais de 80 doenças graves. À semelhança da medula óssea, o sangue do cordão umbilical é muito rico num tipo de células estaminais denominadas hematopoiéticas, pois são capazes de dar origem a um novo sistema hematopoiético – a “fábrica” das células do nosso sangue.
Há várias doenças – como imunodeficiências, anemias, talassemias, etc. – em que o funcionamento dessa “fábrica” essencial do nosso corpo fica comprometido, sendo necessária a sua substituição por um novo sistema hematopoiético saudável, através de um transplante de células estaminais hematopoiéticas. Também em caso de doença oncológica pode ser necessário este tipo de transplante, após tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia.
O armazenamento do sangue do cordão umbilical, que pode ser colhido durante o parto, de forma simples e totalmente indolor, pode constituir uma mais-valia na eventualidade de ser necessário tratar uma destas doenças.
As células do sangue do cordão umbilical armazenadas poderão ser utilizadas pelo próprio, ou por um familiar compatível, por exemplo um irmão. Caso haja necessidade de transplante, a utilização de células do próprio é a opção preferida, quando tal é possível, por eliminar problemas de incompatibilidade e rejeição. Em 2019, um menino de 4 anos de idade, o Henrique, foi transplantado no IPO de Lisboa com as suas próprias células do sangue do cordão umbilical, armazenadas à nascença na Crioestaminal, para o tratamento de anemia aplástica severa, uma doença que surgiu após o nascimento. O transplante foi um sucesso e o Henrique vive atualmente saudável e livre da doença.
Há, contudo, situações em que não é adequado utilizar células do próprio para transplante, pois estas já possuem o “defeito” responsável pela doença que se pretende tratar. Nestes casos, deve procurar-se um dador de células estaminais compatível, preferencialmente um familiar, de forma a aumentar as probabilidades de sucesso do tratamento.
É entre irmãos que se verifica uma maior probabilidade de compatibilidade: irmãos filhos dos mesmos pais têm 25% de hipótese de serem totalmente compatíveis.
Em Portugal, um exemplo de utilização entre irmãos é o caso do Frederico, um menino que nasceu com uma imunodeficiência combinada severa e que foi tratado com as células estaminais do sangue do cordão umbilical do seu irmão mais velho, previamente armazenadas na Crioestaminal, tendo ficado totalmente curado após o transplante. Este transplante foi realizado no IPO do Porto.
Perante a incerteza do que poderá acontecer no futuro, guardar as células estaminais de cada um dos filhos apresenta-se como a escolha mais acertada, uma vez que salvaguarda a hipótese de utilização pelo próprio ou por um irmão.
A investigação da aplicação das células estaminais do cordão umbilical numa série de outras patologias, aliada aos resultados favoráveis até agora obtidos, sublinham, ainda, a importância crescente destas células estaminais no âmbito da medicina regenerativa. Nesse contexto, oito crianças portuguesas foram já tratadas com o seu sangue do cordão umbilical guardado na Crioestaminal para o tratamento de paralisia cerebral e autismo.
A Crioestaminal é o laboratório líder em Células Estaminais, eleito pelos consumidores portugueses na categoria de Criopreservação do Prémio Cinco Estrelas e como a marca n.º 1 no Prémio Escolha do Consumidor, pelo 8.º ano consecutivo.
Para saber mais: Crioestaminal