A utilização de células estaminais para transplante é já uma prática estabelecida há várias décadas, e atualmente usada para tratar mais de 80 doenças hemato-oncológicas, como leucemias e linfomas, vários tipos de anemias, doenças metabólicas e imunodeficiências.
Este tipo de transplante – transplante hematopoiético – visa substituir o sistema hematopoiético (a “fábrica” das células do sangue) do doente por um novo sistema hematopoiético saudável. Estes transplantes realizam-se com um tipo específico de células estaminais, chamadas células estaminais hematopoiéticas, capazes de dar origem a todos os tipos de células do sangue e do sistema imunitário de que o nosso corpo necessita.
As células estaminais hematopoiéticas usadas para transplante podem ter origem na medula óssea, ou alternativamente, no sangue do cordão umbilical. A colheita das células estaminais do sangue do cordão umbilical é realizada durante o parto, logo após o bebé nascer, num procedimento indolor e totalmente isento de risco. Estas células podem ser armazenadas num banco de células estaminais, de forma a estarem disponíveis para um eventual tratamento futuro.
Quem pode usar as células estaminais?
As células estaminais armazenadas podem ser utilizadas pelo próprio, ou então por um familiar compatível, como por exemplo um irmão.
Em caso de necessidade de transplante, a utilização de células do próprio é a opção preferida, quando tal é possível, pois elimina problemas de incompatibilidade e rejeição, aumentando desta forma a segurança e probabilidade de sucesso do tratamento.
No entanto, há situações em que não é possível utilizar células do próprio para transplante, pois estas células já possuem o “defeito” que conduziu ao desenvolvimento da doença que se pretende tratar. Nestes casos, é necessário procurar um dador de células estaminais compatível, se possível dentro da própria família, de forma a melhorar as probabilidades de sucesso do transplante.
Habitualmente, é considerado como melhor dador um irmão compatível que seja saudável. Também é entre irmãos que há maior probabilidade de compatibilidade total: dois irmãos filhos dos mesmos pais têm 25% de probabilidade de serem totalmente compatíveis para transplante.
Para além do seu papel no campo da transplantação hematopoiética, o sangue do cordão umbilical está a ser investigado para o tratamento de um número crescente de doenças, nomeadamente problemas do foro neurológico, como paralisia cerebral e autismo.
Estes estudos contemplam preferencialmente a utilização de células do próprio, de forma a aumentar a segurança e probabilidade de sucesso do tratamento. Oito crianças portuguesas foram já tratadas com o seu sangue do cordão umbilical, guardado à nascença na Crioestaminal, para este tipo de aplicações.
Não menos importante é a oportunidade de utilizar as células estaminais de um irmão, como aconteceu no caso do Frederico, um menino com imunodeficiência combinada severa, que ficou curado após um transplante com as células do sangue do cordão umbilical do irmão mais velho, previamente armazenadas na Crioestaminal.
Assim, e não podendo antever eventuais necessidades futuras, armazenar as células estaminais de cada um dos filhos é sem dúvida a escolha mais acertada, salvaguardando assim a possibilidade de utilização para o próprio ou para um irmão.
A Crioestaminal é o laboratório líder em Células Estaminais, eleito pelos consumidores portugueses na categoria de Criopreservação do Prémio Cinco Estrelas e como a marca n.º 1 no Prémio Escolha do Consumidor, pelo 8.º ano consecutivo.
Para saber mais: Crioestaminal