Durante nove meses, o seu bebé desenvolve-se e cresce no seu ventre até chegar o dia do nascimento. Uma das grandes dúvidas e receios das futuras mães é “será que vou ter muitas dores durante o trabalho de parto?”. Esta é uma pergunta legítima e normal, mas de difícil resposta.
Cada pessoa tem o seu próprio grau de tolerância à dor. Algumas mulheres preferem não ter qualquer analgesia e recorrem a técnicas de relaxamento e controlo da dor alternativas porque, só assim, consideram viver em pleno o nascimento do seu bebé.
Contudo, e se for essa a vontade da parturiente, com a utilização do medicamento certo, é possível anular ou minimizar os estímulos dolorosos, enviados ao cérebro pelas fibras nervosas e, assim, controlar a dor.
A analgesia epidural
A anestesia epidural é a técnica mais utilizada no alívio da dor durante o trabalho de parto. Esta analgesia bloqueia a dor apenas numa zona específica do corpo, o que a deixa consciente, calma, com energia, acordada e colaborante em todas as fases do trabalho de parto. A analgesia epidural também facilita e favorece a evolução da dilatação do colo do útero.
Ao contrário da anestesia geral, na analgesia epidural, o anestésico não é injetado na circulação sanguínea e, por isso, não atravessa a placenta e não atinge o bebé. As fibras nervosas que transmitem a dor da região inferior do organismo são bloqueadas diretamente, não sendo necessário administrar medicamentos através da circulação sanguínea.
Como é realizada a analgesia epidural
Antes da realização da analgesia epidural, a pele é desinfetada e sentirá apenas uma leve picada para anestesiar a pele. Depois, o anestesista introduz uma agulha especial entre duas vértebras da coluna lombar e coloca um cateter (tubo muito fino) no espaço epidural – o cateter epidural. A agulha é cuidadosamente retirada e o cateter é deixado no local durante o período de tempo necessário para controlo da dor.
Para facilitar a precisão da picada, poderá deitar-se de lado, em posição fetal ou sentar-se na cama com o queixo bem apoiado no peito para alongar o mais possível a coluna. Durante este processo deverá permanecer imóvel para facilitar a execução da analgesia.
O anestésico é injetado através do cateter e alcança rapidamente as fibras nervosas, bloqueando os estímulos dolorosos originados no útero e órgãos genitais. A sensação de dor desaparece 10 a 15 minutos após a primeira injeção. Todas as vezes que a dor recomeça, é injetada uma pequena dose adicional, através do cateter epidural.
Após a analgesia epidural, as contrações uterinas e a dilatação progridem normalmente, mas sem dor. Assim, conseguirá fazer tudo o que aprendeu nas aulas de preparação para o parto, nomeadamente os exercícios respiratórios, e manter-se colaborante durante o parto.
Ao longo do trabalho de parto, o anestesista controla a sua tensão arterial, os batimentos cardíacos e a respiração. O bem-estar do bebé também é vigiado através de um aparelho que monitoriza os seus batimentos cardíacos e a intensidade das contrações do útero.
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