Ao fim de 40 semanas, chega o momento mais aguardado. O bebé está pronto para nascer. Conheça os principais sinais do início do trabalho de parto, como evoluem as contrações, as 3 fases do trabalho de parto e as opções que tem à sua disposição para o nascimento do seu bebé.
Cada parto é único, mas conhecer cada fase do parto irá ajudá-la a sentir-se mais confiante e serena quando chegar o grande dia.
Agenda do parto
1. Últimos preparativos
Antes do nascimento do seu bebé é importante deixar tudo pronto para o receber. Assim, pode preparar tudo com calma e focar os primeiros dias do pós-parto no essencial:
- Deixe a dispensa abastecida;
- A casa limpa e o quarto do bebé preparado;
- As roupas do bebé lavadas e arrumadas;
- Um stock de fraldas;
- Os utensílios e produtos necessários aos cuidados ao bebé;
- O local ou as pessoas que irão tratar de outros filhos definido e destacados;
- Se tiver outros filhos, prepare-os para a chegada do irmão e planei onde os vai deixar enquanto estiver internada.
2. As falsas contrações do parto
O parto não é mais do que um processo fisiológico que prepara o corpo materno e o bebé para o nascimento.
Algumas semanas antes do nascimento, por volta da 36ª semana, mãe ebebé preparam-se para o parto. O bebé “dá a volta” e encaixa-se na pélvis da mãe para facilitar a saída da área maior do seu corpo: a cabeça. Depois de o bebé dar a volta, conseguirá respirar melhor e notará a barriga mais baixa.
A mãe sente umas contrações leves, não doloras e irregulares designadas como falsas contrações do parto ou contrações de Braxton-Hicks.
O seu produz hormonas que incentivam o início das verdadeiras contrações uterinas, cuja função é empurrar o bebé na direção do canal de parto e dilatar o colo do útero para criar um canal por onde o bebé possa sair para o exterior.
3. As verdadeiras contrações do parto
O início do trabalho de parto é marcado pelas contrações que se tornam progressivamente mais frequentes e dolorosas, embora ainda irregulares. A produção de oxitocina induz e mantém as contrações e promove a descida do bebé (reflexo de Ferguson).
O colo do útero começa a amolecer e a dilatar-se. As contrações tornam-se cada vez mais intensas, dolorosas e ritmadas. O músculo uterino contrai-se e relaxa com uma frequência cada vez maior e cadenciada à medida que o bebé desce e o canal de parto se expande.
Quando tiver contrações de 10 em 10 minutos ou de 5 em 5 minutos está na altura de ir para a maternidade/hospital.
4. Na maternidade/hospital
Quando chegar à maternidade/hospital, um profissional irá comprovar que está em trabalho de parto através de um toque vaginal. Se tiver 3 a 4 cm de dilatação ficará internada. A tensão arterial, temperatura e pulsação serão medidas.
Agora, será monotorizada para registar as contrações uterinas e a frequência cardíaca do bebé. Também poderá ser administrado soro para hidratação. Caso a bolsa de águas não se tenha ainda rompido, um profissional poderá fazê-lo para acelerar o parto. Este procedimento é indolor.
5. Início do trabalho de parto: dilatação e contrações
A 1º fase do parto, a da dilatação, é mais prolongada do trabalho de parto. Afinal, o orifício do colo do útero terá de abrir até aos 10 cm, momento em que sentirá uma enorme vontade de fazer força. No total, o bebé percorre cerca de 18 cm até chegar ao exterior.
As contrações são necessárias para ajudar o colo do útero a abrir para criar um canal de passagem para o exterior. Aos poucos, a força exercida pelas contrações, empurram o bebé em direção à saída e estimulam o aumento do perímetro do canal.
6. Epidural
Se escolheu um método para controlo da dor, ser-lhe-á administrada a anestesia epidural, que não provoca uma insensibilidade total mas um alívio da dores. A epidural é, atualmente, o método mais conhecido, eficaz e seguro de aliviar a dor do parto.
O momento da aplicação da epidural costuma ser quando se atingem os 5 cm de dilatação. Está a meio da dilação. Até esse momento, considera-se que, apesar de dolorosas, as contrações são suportáveis.
7. Expulsão e nascimento do bebé
Em algumas maternidades/hospitais, a fase ativa do parto é passada na cama. Noutras pode ser incentivada a andar e a movimentarem-se uma vez que a atividade ajuda o bebé a descer.
Com 10 cm de dilatação, inicia-se a fase ativa do trabalho de parto. O bebé está pronto para nascer e o canal de parto atingiu a dilatação máxima. Falta agora um último esforço: fazer força para expulsar o bebé para o exterior.
As contrações concentram-se no fundo do útero, na parte mais alta da sua barriga, e são mais longas e intensas. Se necessário alargar o canal de parto, poderá ser realizado um pequeno corte – episiotomia – que facilita a passagem da cabeça do bebé.
8. Expulsão ou dequitadura da placenta
Após 15 a 30 minutos após o nascimento do bebé, é expulsa a placenta. O médico pode massajar a sua barriga para a ajudar a deslocar-se da parede uterina e sair.
A placenta será examinada para garantir que está intacta e que não ficam apêndices dentro do útero.
Se houve necessidade de fazer uma episiotomia, o corte será agora suturado.
9. Uma ajuda extra para o bebé nascer: fórceps, ventosas e episiotomia
Os fórceps, ventosas, espátulas e a episiotomia são técnicas que ajudam o bebé a nascer mais rapidamente quando:
- A cabeça do bebé não assume a posição correta na pélvis materna;
- O parto não evolui e fica estagnado;
- Há sinais de sofrimento fetal, como diminuição de oxigénio ou dos batimentos cardíacos;
- Quando a mãe não consegue fazer força suficiente para expulsar o bebé porque está exausta;
- Como medida preventiva de dificuldades registadas em partos anteriores.