A dor faz parte do trabalho de parto. Não há como negar. No entanto, a tolerância à dor difere de pessoa para pessoa e algumas grávidas conseguem suportá-la com alguma “leveza”. Ainda assim, a maioria das gestantes solicita a administração de anestesia no parto vaginal.
Antes do parto, o seu médico obstetra poderá conversar consigo sobre as várias opções possíveis para alívio da dor no trabalho de parto. As mesmas podem diferir de acordo com a instituição hospitalar onde está a planear ter o seu bebé. Que técnicas existem para alívio da dor no parto? Existem contra-indicações para algumas delas? É sobre este tema que vamos falar neste artigo.
Anestesia no parto vaginal
1. Anestesia no parto vaginal: técnicas naturais
Banhos quentes, bola de pilates, massagem relaxante, técnicas de relaxamento, técnicas de respiração. Estas são algumas técnicas naturais para alívio da dor no parto.
Sem contra-indicações, estas técnicas podem não ser suficientes para superar a intensidade das dores no parto. Se mudar de ideias, poderá sempre solicitar a anestesia epidural.
2. Anestesia no parto vaginal: parto na água
A imersão na água é outra forma de tornar a dor do parto mais suportável mas nem todas as unidades de saúde estão preparadas para esta opção.
A grávida pode estar na água desde o início do trabalho de parto, do início da dilatação até à dilação completa (1ª fase do trabalho de parto) ou mesmo durante a expulsão do bebé (2ª fase do trabalho de parto).
À semelhança da técnica anterior, caso a grávida não consiga controlar a dor até ao fim, pode solicitar uma epidural.
Apesar de a dequitadura da placenta (3ª fase do trabalho de parto) ser rara na água, pode acontecer. O mais comum é ocorrer no exterior para prevenir uma hemorragia pós-parto e verificar se houve lacerações vaginais ou do períneo que necessitem de ser devidamente tratadas.
3. Anestesia no parto vaginal: analgesia regional ou epidural
A epidural é a técnica de alívio da dor de parto mais difundida na atualidade. Este tipo de analgesia permite aliviar a dor sem que a gestante perca totalmente a sensibilidade ou o controlo dos músculos o que quer dizer que pode colaborar com a equipa assistente em todas as fases do trabalho de parto.
Se a dor atingir o limite do suportável, o médico poderá optar por fazer primeiro uma analgesia raquidiana, com duração limitada mas que atua imediatamente, e só depois inserir o cateter epidural para administração do fármaco quando for necessário.
O ponto sensível deste tipo de analgesia é a possibilidade de o cateter se deslocar do seu lugar. Para evitar que tal aconteça, o cateter é fixado com um penso às costas da grávida e será instruída a mexer-se e a virar-se com cuidado.
Por outro lado, também não permite uma grande liberdade de movimentos. Ficará confinada à cama até ao nascimento do bebé.
Quando pode ser necessário aplicar anestesia local?
A anestesia local é uma solução de recurso aplicada quando a gestante chega ao período de expulsão com dor e é necessário fazer uma episiotomia ou reparar eventuais lacerações do períneo.
Este tipo de anestesia não tem qualquer efeito sobre o bebé ou sobre as dores das contrações uma vez que apenas diminui a sensibilidade de uma área limitada.
A importância do plano de parto
Antes do seu bebé nascer, faça o seu plano de parto. Este documento serve para registar os seus desejos quanto à forma como gostaria que o trabalho de parto decorresse. Pode, por exemplo, especificar que tipo de analgésicos ou processos clínicos gostaria que fossem ou não aplicados.
Deve manter a mente aberta. Mesmo com um plano, poderá ser necessário fazer alterações de acordo com a forma como o parto evolui para garantir a sua segurança e a do seu bebé.
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