Por vezes, o médico obstetra que assiste o trabalho de parto depara-se com um parto que não avança. Este, fica interrompido o que impede que o nascimento do bebé ocorra como planeado. Conheça os problemas mais comuns e as medidas que o profissional pode sugerir para os solucionar.
São várias as causas para um parto que não avança como dilatação insuficiente, trabalho de parto estacionário, mãe e/ou o bebé que estão em sofrimento, mãe exausta que não consegue continuar a fazer força, bebé muito grande ou bebé mal posicionado.
Parto que não avança
À medida que se aproxima o momento do nascimento do bebé, a mãe está concentrada em fazer força, na respiração e nas indicações do obstetra/parteira.
Por vezes, as contrações podem abrandar, e ser orientada para mudar de posição. A administração de oxitocina por via intravenosa pode ser outra solução. Hormona responsável pelas contrações do útero durante o parto, ajudará a tornar as contrações mais regulares e a desbloquear o trabalho de parto.
Perante um parto que não avança, considerando as causas do contratempo e a avaliação da evolução clínica do parto, o médico poderá ter que tomar medidas e intervir para ultrapassar o impasse e ajudar o bebé a nascer rapidamente. Estes são alguns dos problemas mais comuns que impedem a progressão do trabalho de parto.
1. Cordão umbilical enrolado
Por vezes, o cordão umbilical fica enrolado e preso à volta do pescoço do bebé o que impede que a sua descida. Nesta situação, o médico tenta alcançar o cordão e soltá-lo. Se tal não for possível, o cordão é laqueado e o parto prossegue.
Muito raramente, o cordão estreita e dificulta o fornecimento de sangue e de oxigénio ao bebé. Para evitar o risco de asfixia, poderá ser proposta uma cesariana para fazer o bebé nascer o mais rapidamente possível (ver Cordão umbilical enredado).
2. Ombros presos
Em alguns partos, depois da cabeça sair, os ombros do bebé não conseguem passar. Esta situação pode ocorrer quando o bebé é grande e não passa na pélvis da mãe ou nas situações em que a dilatação no parto não é suficiente.
A opção mais comum consiste em empurrar os joelhos da mãe contra os ombros para ajudar a direccionar o ombro do bebé para uma posição mais conveniente. O obstetra também pode enfiar a mão na vagina e tentar alcançar o braço do bebé para o ajudar a sair. Se não resultar, poderá ser necessário avançar para uma cesariana.
3. Cabeça que não progride
A interrupção na progressão da cabeça do bebé pelo canal de parto pode ser outra causa para um parto que não avança. Desde que a cabeça do bebé tenha descido o suficiente podem usar-se instrumentos como os fórceps ou uma ventosa. A utilização de ventosa pode dar origem a um pequeno inchaço na cabeça do bebé que desaparece cerca de um dia após o parto.
Nas situações em que o obstetra opta para alargar o canal de parto para evitar rasgões na zona vaginal ou aliviar a pressão, faz uma episiotomia. Este procedimento pode ser combinado com outras técnicas como a ventosa ou aplicado quando há indícios de sofrimento fetal e é necessário apressar o nascimento do bebé.
Conheça os sintomas de rutura da bolsa amniótica e os principais sinais que sugerem que o nascimento do seu bebé está para breve.