Uma das grandes preocupações das grávidas é que o cordão umbilical se enrole à volta do pescoço do bebé (cordão umbilical enredado) asfixiando-o. Descubra se há motivos de preocupação.
Cordão umbilical enredado: o que é?
Por vezes o cordão umbilical emaranha-se sobre si mesmo devido aos movimentos do bebé ou durante o trabalho de parto, chegando mesmo a dar nós. Outras vezes o cordão umbilical enrola-se à volta do pescoço ou outra parte do bebé, podendo mesmo dar um nó.
Na maior parte dos casos, estes emaranhados não chegam a dar problemas. Os nós não ficam apertados o suficiente para reduzir o fluxo de sangue ao bebé. E muitas vezes os emaranhados desemaranham-se por si.
Em alguns casos raros, cerca de um em cada 2000 nascimentos, o nó aperta. Quando isto acontece, o cordão estreita dificultando o fornecimento de sangue e de oxigénio ao bebé, podendo asfixia-lo. Em consequência, o bebé diminui a sua atividade o que pode justificar a urgente intervenção médica para o fazer nascer, nomeadamente, por cesariana.
Cordão umbilical enredado: causas
Dentro do útero o bebé mexe-se dando voltas, espreguiçando-se e dando pontapés. Durante estes movimentos, o cordão umbilical pode enrolar-se à sua volta voltando a desenrolar-se com os movimentos seguintes. Em casos raros, os emaranhamentos não se desfazem.
Alguns fatores podem aumentar a probabilidade de ocorrência de emaranhamento e nós:
- Um cordão umbilical muito comprido,
- Bebés muito grandes.
Apesar de não haver ainda estudos conclusivos, pensa-se que sejam também fatores de risco:
- Gravidez de gémeos;
- Hidrâmnios;
- Consumo de drogas durante a gravidez;
- Fumar durante a gravidez;
- Deficiências nutricionais durante a gravidez.
Cordão umbilical enredado: sinais e sintomas
Se realmente ocorrer um estrangulamento do cordão umbilical, verifica-se uma diminuição da atividade do bebé a partir da 37ª semana.
O ritmo cardíaco do bebé é monitorizado durante as consultas de rotina, pelo que qualquer diminuição será detetada.
Cordão umbilical enredado: medidas a tomar
A vigilância e a possibilidade de atuar preventivamente são fundamentais para promover o bem-estar do seu bebé. Assim, a partir da 35ª semana da gravidez deve registar os movimentos diários do seu bebé no Boletim de Saúde da Grávida (BSG). Se não registar 10 movimentos do bebé no período de 12 horas deve contactar de imediato o seu médico.
Durante o trabalho de parto, os profissionais de saúde fazem por rotina um teste para verificar se o cordão umbilical está enrolado no pescoço do bebé. Se estiver, resolvem a situação desenrolando-o ou laqueando-o e o parto prossegue.
Em raros casos em que um nó aperte pode ser necessário realizar uma cesariana.