A tensão alta na gravidez não significa que possam aparecer complicações. Contudo, a sua gravidez será considerada de alto risco o que implica uma monitorização médica apertada. A hipertensão pode ser uma condição conhecida na fase de pré-conceção ou ser diagnosticada ao longo da gravidez, nas consultas pré-natais.
A grávida é considerada hipertensa quando a sua tensão máxima é igual ou superior a 140 mm Hg e a tensão mínima igual ou superior a 90 mm Hg. A tensão é medida em duas medições sucessivas, separadas por um intervalo de seis horas.
Como a hipertensão arterial pode dar origem a complicações sérias, como a pré-eclâmpsia/eclâmpsia, a medição da tensão arterial é um procedimento de rotina nas consultas consultas pré-natais.
Como afeta a tensão alta a gravidez?
O coração de uma pessoa hipertensa é obrigado a trabalhar mais para conseguir bombear eficazmente o sangue e irrigar todos os órgãos.
Numa situação normal, os vasos sanguíneos estão relaxados e o sangue flui sem dificuldade. Numa grávida hipertensa, as veias contraem-se dificultando a passagem do sangue para os órgãos mas também para o útero e placenta. Daqui resulta uma deficiente oxigenação e nutrição do bebé comprometendo o seu normal desenvolvimento.
A hipertensão pode provocar dores de cabeça, falta de ar e perturbações visuais. Na gravidez, a hipertensão não controlada está associada a complicações como insuficiência cardíaca fetal, descolamento da placenta, parto pré-termo ou pré-eclâmpsia.
Formas de tensão alta na gravidez
A hipertensão pode ser anterior à gravidez – hipertensão crónica – ou induzida pela gestação. Como a hipertensão crónica faz aumentar os riscos de desenvolver pré-eclampsia, assim como outras complicações, será devidamente acompanhada ao longo da gestação.
Prevenção e tratamento da tensão alta na gravidez
Nos casos em que a tensão alta é anterior à gravidez, é natural que a mãe já esteja medicada. Neste caso, na primeira consulta da gravidez o médico assistente deverá ser devidamente informado e ter conhecimento da medicação para se certificar que é segura e avaliar a eventual necessidade de proceder a ajustes.
QUANDO A PRESSÃO ALTA É DESENVOLVIDA NA GRAVIDEZ, SERÁ ACONSELHADA A DESCANSAR E A SEGUIR UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:
- Muito repouso na gravidez;
- Praticar uma atividade física (nadar ou caminhar, segundo indicação médica);
- Praticar exercícios de relaxamento, meditar ou fazer ioga (segundo indicação médica);
- Usar técnicas para controlo de stress, tirar uma licença ou reduzir o número de horas de trabalho;
- Seguir uma dieta equilibrada, pobre em sal, açúcar, aditivos ou alimentos processados;
- Não tomar café ou fazê-lo de forma moderada (não mais do que duas chávenas de café por dia);
- Não consumir bebidas alcoólicas;
- Não fumar;
- Vigiar os níveis de colesterol;
- Controlar o aumento de peso ao longo da gravidez;
- Monitorizar a tensão arterial (talvez lhe seja pedido para o fazer em casa quando estiver descansada e descontraída);
- Se necessário, tomar a medicação segundo indicação médica.
Uma vez que o principal risco da pressão alta na gravidez é complicar-se com uma pré-eclâmpsia, o objetivo das medidas preventivas e da monitorização é controlar os níveis de tensão arterial para uma gestação segura e um bebé saudável.
Alimentos para a tensão alta
- Fruta e vegetais frescos (alimentos ricos em antioxidantes, magnésio, cálcio e potássio);
- Laticínios magros ou meio gordos;
- Cereais integrais;
- Óleos essenciais, especialmente, gorduras ómega 3 (salmão, cavala, sementes de linhaça, nozes, sementes de abóbora, soja, verduras);
- Alho cru, verdadeiro balsamo para o sistema circulatório;
- Ingerir, pelo menos, oito copos de água por dia.
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