Na gravidez, o bebé recebe todos os nutrientes e oxigénio de que necessita para se desenvolver através do corpo da mãe. Assim, os medicamentos que a mãe toma podem chegar ao feto através das trocas placentárias.
As grávidas podem tomar medicamentos?
Alguns medicamentos podem afetar o feto porque provocam alterações na circulação sanguínea da placenta, o que reduz a sua capacidade de fazer chegar ao bebé os nutrientes e o oxigénio de que necessita ou porque têm uma ação direta no desenvolvimento do bebé, especialmente na fase inicial da gravidez, quando todas as estruturas do corpo e órgãos estão em desenvolvimento.
A automedicação é totalmente desaconselhada na gravidez. Qualquer tratamento deve ser prescrito pelo médico assistente depois de avaliada a situação e considerados os prós e contras da medicação.
Medicamentos anti-inflamatórios como o Ibuprofeno e o Naproxeno devem ser evitados. Alguns antibióticos, paracetamol ou anti-histamínicos (para tratar alergias) ou os antieméticos (usados em caso de vómito), poderão ser usados na gravidez, mas sempre sob prescrição e acompanhamento médico.
A grávida pode tomar certos medicamentos desde que prescritos pelo médico e sempre sob a sua vigilância. A automedicação é totalmente desaconselhada na gravidez.
Se já tomava medicação para controlo da tensão arterial antes de engravidar, poderá ser necessário ajustar esta medicação para evitar lesão renal do bebé.
Quanto às vacinas durante a gravidez, há casos em que se pode justificar a sua toma como a hepatite A e B, a cólera, a febre amarela e o tétano.
A vacina da gripe sazonal é indicada para as grávidas a partir do segundo trimestre da gestação para prevenir a doença.
O Programa Nacional de Vacinação de 2017 contempla ainda a vacinação das grávidas contra a tosse convulsa para a proteção dos recém-nascidos até poderem iniciar a vacinação contra esta doença, a partir dos dois meses de idade.
A vacina é administrada à mãe no final da gravidez, idealmente entre as 20 e as 36 semanas, e a mãe faz, ela própria, os anticorpos e passa essa imunidade através da placenta para o seu filho.
Durante a gravidez, quer tenha algum problema de saúde anterior ou se surgir alguma complicação durante a gestação, o seu médico é sempre o profissional de referência e a quem deve recorrer para avaliar a necessidade de ajustar a medicação ou tratar qualquer sintoma.