Tenho dois filhos lindos, que adoro. Chamo-me Cláudia, tenho 37 anos e sou a mãe da Rita, de 10 anos e do Guilherme, de 3 anos. Sempre cresci a ouvir as mães da minha família a dizer que uma gravidez nunca é igual a outra, e é bem verdade.
Tenho dois filhos lindos, que adoro
Na gravidez da Rita, a inexperiência fez com que algumas situações fossem passadas sem ter bem consciência do que estava a acontecer.
Após um início de gravidez atribulado pelos enjoos (que não eram apenas matinais, mas que se prolongavam ao longo do dia…) cheguei às 30 semanas de gravidez e corria o risco de uma gravidez pré-termo.
As contrações já se manifestavam (apesar de eu nunca as ter sentido…) e o veredicto era bem visível: descanso absoluto até ao final da gravidez!
Não foram semanas fáceis, o facto de permanecer em repouso, não me permitia fazer muita coisa (apenas umas idas até casa dos pais para não me sentir tão só), aliado à época natalícia, sem poder fazer algumas compras de presentes para os entes mais queridos, fez com que esta fase final se tornasse um pouco traumática.
Mas como não há mal que sempre dure, a Rita decidiu nascer no dia 9 de janeiro. Estava eu a dormir quando me rebentou a bolsa de água. Entre o rebentar da bolsa e o nascimento da Rita, passaram pouco mais de 2 horas. Sinto que para primeira gravidez fui abençoada por estar tão pouco tempo em trabalho de parto.
A Rita nasceu de parto normal, sem epidural… Durante muito tempo, não queria ouvir falar de engravidar novamente.
Passados 6 anos, eu e o meu marido achamos que já era hora de dar um irmão/irmã à Rita. Mas as coisas nem sempre correm como nós planeamos e estando eu grávida de quase 3 meses, verificou-se que era uma gravidez não evolutiva, obrigando-me a fazer um aborto.
Felizmente 3 meses depois, consegui engravidar novamente. O medo que tornasse a acontecer o mesmo acompanhou-me durante toda a gravidez, juntamente, claro com os enjoos.
O Guilherme sempre foi um rapaz muito discreto, em todas as ecografias, mantinha-se com a cabeça voltada para dentro e sentado. O facto de não dar a volta, fazia com que eu soubesse que iria ter de fazer uma cesariana.
No dia em que o Guilherme nasceu, eu tinha estado numa consulta (supostamente para marcar a cesariana) na maternidade, nessa mesma tarde a bolsa de água rompeu. Não contava com esta situação, já me havia mentalizado que desta vez iria ser uma cesariana.
Mas mais uma vez me enganava, o Guilherme nasceu de pés, de parto normal, e novamente sem anestesia epidural. A equipa médica que me assistiu afirma que foi um parto lindo…
Por muito que tenha sofrido, tanto ao longo das gravidezes como nos partos, quando temos os nossos filhos nos braços, quando eles esboçam o primeiro sorriso, quando nos dão o primeiro abraço, faz com que esqueçamos tudo aquilo que sofremos. Tenho dois filhos lindos, que adoro e por eles passava por tudo novamente…
Cláudia – Mãe da Rita e do Guilherme