Mãe de dois rapazes, o mais velho com 3 anos e o mais pequeno com apenas 7 meses, Mafalda Ferreira é a inspiradora por detrás do Meia Lua. É licenciada em som e imagem e neste momento dedica-se totalmente à maternidade. Para além da página Meia Lua, que retrata a maternidade de uma forma leve, simples e descomplicada, Mafalda tem também o projecto Com Amor, onde fornece um serviço de escrita personalizada e presentes totalmente feitos à mão.
Que palavra escolheria para se definir enquanto mãe?
Carinhosa.
O que mudou na vida com a chegada dos seus filhos?
O re-descobrir a criança que há em nós é das coisas que mais me fascina, enquanto mãe. Por outro lado, eu acredito que eles nos fazem olhar para dentro, numa auto-análise constante, como jamais faríamos antes de os termos. Só isto explica a forma como tudo muda. Muda a forma de ver o amor, muda a forma de ver o Mundo, muda-nos por completo. Não é ciência, é essência.
Qual é para si o maior desafio na vida de uma mãe?
A gestão de duas coisas: o tempo e as emoções (as deles e as minhas). É a tal montanha russa de que tanto se fala e é a mais pura das verdades. Com o tempo em que vou aprendendo mais “disto” de ser mãe, mais percebo que é fundamental abrandar o passo, quando já não há espaço para respirar. Depois disso, tudo volta a ser romântico e lamechas como, para mim, ser mãe deve ser.
Em que momento decidiu criar o Meia Lua?
O Meia Lua nasceu em Setembro de 2016, estava o meu primeiro filho prestes a completar 1 ano. Foi a forma de me conseguir exprimir, já que é pela escrita que melhor o sei fazer, quando ainda me sentia a recuperar de um pós-parto agridoce.
Nasce de uma vontade imensa de escrever, de partilhar as minhas emoções e a minha forma de olhar a maternidade. Aliada à escrita vem o amor á fotografia, que desenha a tela de que é feita o blog.
Como descreveria o Meia Lua, para quem não o conhece?
Começou e caminha devagar e conseguiu conquistar um espaço muito bonito. Em todos os que o visitam e o gostam de fazer, mas sobretudo em mim, que traça uma linha feliz na nossa história, que é reflexo de toda a verdade do que sinto e partilho.
É um espaço onde mora sempre a esperança e confiança dos dias bons, mesmo que por vezes esses estejam escondidos atrás de algumas nuvens cinzentas. No fundo, é um arco-íris.
Uma coisa boa e uma coisa menos boa que o Meia Lua tenha trazido.
Esta balança é muito fácil de pesar. Trouxe e traz sobretudo coisas boas e de coisas boas depreenda-se: as pessoas. Ter um espaço de partilha e receber nele pessoas que nos acarinham é um privilégio. Pode ter existido uma ou outra situação menos feliz mas para ser muito sincera, não foi de tal forma relevante que nem vale a pena denotar como uma coisa menos boa. Traz cor e alegria que é o que para nós procuro sempre.
Que conselho gostaria de deixar a quem está prestes a ser mãe?
Aprendam a respirar (ahaha). De verdade, apenas a estarem dispostas a aprender com o vosso filho. Porque é essencialmente isso que fazemos quando nos tornamos mães. Aprendemos e aprendemos muito mais do que ensinamos, por isso acaba por ser muito mais fácil quando estamos abertas e dispostas a receber todos os seus ensinamentos. O resto… é só o resto e com o amor que arrombará o vosso coração não vão dar conta de fazer muitos mais planos do que apenas viver o momento.
Obrigada Mafalda.