Desde setembro que 2021 que as escolas estão proibidas de disponibilizar alimentos com alto teor de açúcar ou sal. No entanto, os alunos continuam a trazer estes alimentos “proibidos” para o recinto escolar ou a comprá-los em cafés e lojas próximas da escola.
Alguns dirigentes escolares pedem campanhas de sensibilização junto das famílias, enquanto que outros pedem mesmo o fim da proibição.
Para o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel António Pereira, o Governo devia autorizar as escolas a comercializar alguns alimentos, e o presidente da Associação Nacional de Diretores e Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDEP), Filinto Lima, sugere que os pais sejam sensibilizados para o tópico.
Segundo Manuel António Pereira ao Jornal de Notícias, “o problema reside sobretudo nas escolas dos 2.º, 3.º ciclos e Secundário”, acrescentando que “os bares estão estão vazios e os alunos vão à rua comprar o que querem”, pagando “três vezes mais do que pagavam na escola”. Segundo o responsável, o comércio local tem beneficiado da proibição.
No ensino básico, a raiz do problema parece estar mesmo em casa, com os pais dos alunos a colocar os alimentos “proibidos” nas lancheiras.
As restrições foram anunciadas em agosto do ano passado, com a limitação da venda de produtos potencialmente prejudiciais à saúde nas escolas, tanto nas catinas, como bares e máquinas automáticas. Com a medida, o Governo pretende que nas escolas públicas estejam disponíveis refeições mais nutricionalmente equilibradas e saudáveis.
O diploma, publicado em setembro, apresenta uma lista com mais de meia centena de produtos proibidos nas escolas, que revela uma nova redução de sal, de açúcar e mais um corte em alimentos com elevado valor energético.
22 de março 2022