De acordo com João Costa, o novo ministro da Educação, escolas por todo o país receberam guiões de trabalho para acompanharem a integração das crianças refugiadas ucranianas. Nesta altura já são 2115 as que estão matriculadas em estabelecimentos de ensino nacionais.
O ministro da Educação falou à margem de uma reunião no Agrupamento de Escolas de Marrazes, em Leiria, na promessa de acompanhar diariamente a integração destas crianças. Leiria é dos concelhos portugueses que está a receber mais famílias ucranianas.
“Hoje mesmo publicámos e divulgámos às escolas novos guiões de trabalho para a integração das crianças refugiadas que estão a chegar, quer na educação pré-escolar quer a partir do 1.º ciclo, com sugestões práticas de como fazer. Orientações que são sempre indicativas e não normativas”, explicou.
João Costa adiantou que algumas das indicações presentes nos documentos aconselham a que os ucranianos e luso-ucranianos que já frequentam escolas nacionais sejam mediadores e mentores dos alunos que estão a chegar, assim como o uso de “materiais didáticos que o próprio Governo ucraniano tem vindo a disponibilizar para serem utilizados nas salas de aulas”.
O ministro da Educação salientou a importância de ensinar os alunos protugueses a aprender palavras em ucraniano, a saber como se pronunciam os nomes dos novos colegas, e de prestar atenção ao bem-estar psicológico das crianças.
“Estas crianças fogem de uma guerra, estão num contexto de trauma, são bombardeadas todos os dias com imagens do seu país a ser destruído, veem o seu bairro a ser atacado e deixaram os seus pais, os seus avós para trás”, reforçou.
O ministro acrescentou que está a prestar especial atenção, não só à integração das crianças ucranianas, mas também à convivência entre alunos desta nacionalidade e russos. “Os alunos russos não são responsáveis pelo que o Presidente da Rússia faz. Sinalizaram-nos que poderia haver um ou outro caso de bullying sobre alunos russos, o que já não está a acontecer”, concluiu.
7 de abril 2022