O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, declarou esta sexta-feira, que o encerramento nacional das escolas à conta do aumento de casos de Covid-19, é a última decisão possível a ser tomada.
No conjunto de medidas para mitigar a pandemia de Covid-19, ficou a garantia que fechar as escolas será a última a ser tomada. Em visita a uma escola da Amadora, o ministro salientou a importância de manter o regime de aulas presencial em funcionamento.
O governante destacou que o encerramento das escolas podem ter consequências muito negativas na saúde física e mental dos jovens.
No mesmo sentido, manter as escolas abertas é necessário para assegurar o equilíbrio familiar e continuidade da vida profissional dos encarregados de educação.
Contudo, Tiago Brandão Rodrigues disse também que fechar as escolas é uma decisão das autoridades de saúde, com base na situação e evolução epidemiológica das regiões.
“A prioridade do Governo é manter o ensino presencial”, sublinhou em declarações aos jornalistas, observando que nesta balança é preciso pesar os perigos da pandemia.
Questionado sobre os motivos de encerrar escolas alentejanas de Borba e Vila Viçosa, mas manter abertos os estabelecimentos de ensino em Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, onde foi definido dever de confinamento, o ministro voltou a sublinhar que são decisões tomadas pelas autoridades de saúde com base do que se passa em cada região.
O ministro da Educação afirmou que o risco de contágio nas escolas não é zero, mas os números de casos identificados até ao momento são “relativamente pequenos”.
Os últimos números da Federação Nacional de Professores (FENPROF) apontavam para quase quatrocentos surtos, mas os dados divulgados esta semana pela Direção-Geral da Saúde (DGS) referiam apenas quarenta e nove surtos em ambiente escolar.
Tiago Brandão Rodrigues explicou hoje que muitas vezes os casos positivos conhecidos nas escolas não partem de alunos, funcionários ou professores. São casos que vêm das famílias, o que não permite categorizar a situação como um surto numa escola.
Aos jornalistas, o ministro referiu que no processo de encerramento de escolas existe um grupo de alunos considerado prioritário: os mais novos do pré-escolar e do 1.º ciclo, assim como os alunos de risco e em situação de especial vulnerabilidade.
23 de outubro 2020