Apesar de não se saber ainda as medidas exatas que irão ser tomadas para o novo confinamento que está mesmo à porta, as escolas deverão permanecer abertas até ao final do 2º ciclo ou para alunos de até 12 anos de idade.
O novo confinamento irá prolongar-se até às 23h59 do dia 30 de janeiro, com intenção de ser prolongado: Segundo Marcelo Rebelo de Sousa esta decisão é apoiada “por mais de 90% dos Deputados”.
“A renovação do estado de emergência até às 23h59 do dia 30 de Janeiro, que acabo de assinar, depois de viabilizada, face à gravidade da situação, por mais de 90% dos Deputados, tem um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos”, lê-se num comunicado do Presidente da República., publicado hoje, 13 de janeiro de 2021.
Tantos os responsáveis por estabelecimentos escolares, docentes e políticos são unânimes em concordar que o ensino à distância só aumenta as desigualdades entre os alunos. Além disso, o fecho das escolas pode ser prejudicial para as crianças de risco.
“O custo de fechar escolas é bem superior ao risco” e significaria “fechar as portas à aprendizagem.”
Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação
Esta unanimidade de opiniões tinha já sido expressada pela UNICEF Portugal no seu portal.
Apesar de tudo indicar que as aulas presenciais vão manter-se, essa não foi uma opinião unânime entre todos os peritos que ontem se reuniram no Infarmed. Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação, considera que “o custo de fechar escolas é bem superior ao risco”. Ao fechar as portas das escolas, continua, é “fechar as portas à aprendizagem”.
Tanto pais, como educadores são unânimes com o Governo. Na maioria parece que todos preferem que as escolas mantenham as portas abertas. Assim pode-se garantir uma aprendizagem com maior igualdade, pensando nos mais vulneráveis.
As escolas são focos importantes de contágio de Covid-19?
Soube-se em dezembro que o número de contágios por Covid-19 nas escolas portuguesas tinha sido de nove mil.
Numa reportagem no Jornal da Tarde hoje na RTP foi mencionado que o enorme aumento de contágios por Covid-19 deu-se numa altura em que as escolas se encontravam encerradas. Portanto, parece ser de unanimidade geral manter as escolas abertas no novo confinamento.
Relativamente ao ensino secundário, permanecem algumas dúvidas. No entanto, os mesmos agentes consideram que ao fechar portas ou ao intercalar ensino presencial com o ensino à distância, que seja para os alunos nestas faixas etárias.
No que diz respeito ao ensino superior, os alunos estão neste momento sem aulas pois a época de exames aproxima-se. O Primeiro-Ministro sublinhou que está fora de questão interromper as atividades avaliativas nas universidades. O Conselho de Reitores indicou ainda ao Jornal de Notícias que “os números de casos são significativamente inferiores aos números da população onde as universidades estão inseridas”.
Se as escolas se mantiverem abertas, será altura de pensar em dar prioridade na vacinação contra o novo coronavírus a professores e outros agentes educativos?
Fontes: Presidência da República Portuguesa, Jornal de Notícias, Jornal da Tarde (RTP1).