Só este domingo morreram 42 pessoas nos bombardeamentos israelistas sobre palestinianos na Faixa de Gaza. Dez eram crianças. Desde o início do conflito há uma semana e até esta manhã de segunda-feira, contam-se 192 mortos, entre os quais 58 crianças. A Unicef, ONU e o Vaticano repetem diariamente: mortes de crianças em Gaza são inaceitáveis.
Famílias inteiras estão a desaparecer nestes ataques que o governo israelita diz que não vão parar até que todos os alvos sejam eliminados.
Durante o Angelus deste domingo, o Papa Francisco apelou ao cessar-fogo, dizendo que “a morte delas [crianças] é um sinal de que não querem construir o futuro, mas sim destruí-lo”. Francisco apelou à paz no Médio Oriente, e aos responsáveis israelitas e palestinianos para que façam calar as armas, com a ajuda da comunidade internacional.
Também António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu cessar-fogo imediato, ainda que o conselho da Organização das Nações Unidas não tenha conseguido ainda chegar a um entendimento para negociar o conflito.
Na reunião extraordinária do Conselhor de Segurança da ONU este domingo, Guterres avisou que a violência tem o potencial de desencadear uma crise de segurança e humanitária impossível de conter e fomentar ainda mais o extremismo, em todo o Médio Oriente.
Israel acusa o Hamas de se esconder entre membros da população civil palestiniana, que em grande parte estão instalados em campos de refugiados. A solução diplomática tarda em chegar enquanto o número de mortos, dos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza e dos rockets do Hamas em Israel, não param de aumentar.
Morte de crianças em Gaza: Unicef pede solução diplomática
Henrietta Fore, diretora-executiva da Unicef, lançou em comunicado o alerta para uma solução diplomática urgente.
“Em Gaza, escolas foram destruídas, casas e escritórios foram destruídos e famílias inteiras foram deslocadas. Em Israel, escolas, casas e edifícios também foram danificados. A violência, as mortes e o ódio devem parar. Os direitos humanos internacionais e o direito humanitário devem ser respeitados. Os civis e a infraestrutura civil devem ser protegidos. A única solução é uma solução diplomática – para o bem de todas as crianças e seu futuro”, apelou a responsável.
17 de maio 2021