Durante o primeiro trimestre de 2023, o número de nascimentos em Portugal atingiu o valor mais elevado desde o início da pandemia. Entre janeiro e março foram rastreados 21.065 recém-nascidos em 2023, através do “teste do pezinho”.
Segundo dados revelados à Agência Lusa por parte do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, nos três primeiros meses do ano, foram estudados mais 1.437 bebés do que em igual período de 2022 (19.628) no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.
No início da pandemia, no primeiro trimestre de 2020, foram rastreados 21.124 bebés e desde então que o número de nascimentos não ultrapassada os 20 mil, durante um trimestre de início de ano. Em 2021 foram rastreados 18.226 nascimentos, e 19.628 em 2022 em igual período.
Em 2023, o número de nascimentos em janeiro foi o mais elevado (7649), seguido de março (7196) e, por último, fevereiro com 6220 bebés. Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (6251), seguido do Porto (3799), Setúbal (1746), Braga (1520), Faro (1082) e Aveiro (970). O menor número de testes foi observado no distrito de Portalegre (121), Bragança (163), de Vila Real (239), seguido de Castelo Branco (249) e Viana do Castelo (363), segundo o programa.
Ainda assim, em 2022, Portugal voltou a ultrapassar a barreira dos 80.000 nascimentos, após a quebra histórica da natalidade em 2021. Antes do mínimo registado nesse ano, o número mais baixo tinha sido verificado em 2014.
O famoso “teste do pezinho” é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite atualmente detetar 27 doenças, possibilitando uma atuação precoce e um desenvolvimento mais saudável das crianças.
13 de abril 2023