As crianças continuam a ser o grupo etário que menos riscos de infeção por Covid-19 corre. Obviamente não estão 100% imunes, o que levou vários países a arrancar com a campanha de vacinação para os mais novos. A discussão está em cima da mesa, no sentido de vacinar os menores de 12 anos. Quais são os hipotéticos efeitos secundários da vacina para este grupo? Compensam o risco, como nos adultos?
Até esta altura, só a vacina da Pfizer é que está autorizada para ser administrada a crianças entre os 12 e os 15 anos, e o mesmo laboratório já anunciou o sucesso dos testes clínicos para a possível imunização de menores de 5 anos de idade.
De acordo com informações divulgadas pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a vacinação contra a Covid-19 terá um efeito semelhante nas crianças comparativamente aos sintomas experienciados pela população adulta.
Os mais pequenos tendem a ter efeitos secundários sistémicos e locais, como dor no local da vacina, vermelhidão e inchaço. Esses efeitos podem durar de horas a alguns dias, de acordo com a CDC. Os efeitos sistémicos incluem cansaço, dores de cabeça e musculares, febre, calafrios, dor nas articulações e náuseas. Estes efeitos secundários duram tipicamente entre 1 a 3 dias, e são mais evidentes após a segunda dose da vacina.
Estes efeitos podem ser aliviados com a toma de medicamentos analgésicos, sempre depois da administração da vacina.
A Pfizer testou nas crianças uma dose mais fraca do que a quantidade normalmente administrada, cerca de um terço. Após a segunda dose ser dada às crianças entre os 5 e os 11 anos, estas desenvolveram níveis de anticorpos ao novo coronavírus, tão fortes como aconteceu com adolescentes e jovens adultos.
Os estudos que se debruçaram sobre a vacinação nos menores de 12 anos foi realizado nos EUA, na Finlândia, Polónia e Espanha. A Pfizer anuncia que vai pedir o mais o mais rápido possível a aprovação aos reguladores de medicamentos da União Europeia e EUA.
24 de setembro 2021