A base da alimentação infantil a partir dos 2 anos é a diversificação. Afinal, é através da ingestão de alimentos adequados que as crianças obtêm os nutrientes necessários para um desenvolvimento a condizer com a faixa etária.
Há uma janela de oportunidade durante a primeira infância, altura em que os pequeninos estão dispostos a explorar novos sabores e texturas. Através do exemplo e da educação alimentar, os pais garantem a saúde dos filhos a curto, médio e longo prazo.
Alimentos essenciais para a alimentação do seu filho a partir dos 2 anos
Segurança, equilíbrio e variedade são o segredo para uma alimentação saudável em qualquer idade. No caso das crianças pequenas, a combinação destes três fatores ganha ainda mais importância ao privilegiar qualidade ao invés de quantidade.
De acordo com o Programa Nacional Para a Promoção da Alimentação Saudável, a alimentação infantil a partir dos 2 anos também deve seguir as recomendações da Roda dos Alimentos. Convém referir que tais orientações não se aplicam para casos de alergias e/ou intolerâncias.
Hortícolas
Couves, espinafres, cenouras, brócolos e tomates são apenas alguns exemplos de hortícolas a serem utilizados na alimentação das crianças. Consumidos preferencialmente crus ou cozinhados com pouca água, estão entre as melhores fontes de vitaminas e minerais e promovem a absorção de fibras.
São recomendadas de 3 a 4 porções diárias variadas, uma delas a sopa, sendo 90 a 100 gramas de hortícolas crus ou 45 a 50 gramas cozinhados.
Leguminosas
Igualmente ricas em vitaminas e minerais, as leguminosas não podem faltar nas refeições dos mais pequenos. O feijão e o grão-de-bico fazem parte deste grupo alimentar que também é fonte de hidratos de carbono complexos e antioxidantes.
Entre os benefícios do consumo adequado de leguminosas, pode-se destacar a prevenção da anemia e o aumento da imunidade. Devem ser consumidas pelo menos 3 vezes por semana.
Frutas frescas
Uma dica para obter o valor nutricional máximo das frutas é consumi-las de acordo com a sazonalidade, sempre que possível. Além de estarem mais saborosas na estação adequada, costumam ser mais económicas.
A partir dos 2 anos, a recomendação é que as crianças comam de 2 a 3 porções por dia. As frutas podem acompanhar o pequeno-almoço, lanches ou serem servidas como sobremesa.
Leite e derivados
Os laticínios (leite, iogurtes, leites fermentados, queijo e requeijão) são indispensáveis para uma alimentação equilibrada. Contêm proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais, nomeadamente o cálcio, essencial para a constituição do tecido ósseo.
As crianças devem consumir de 3 a 4 porções diárias e cada uma delas corresponde a 1/2 chávena almoçadeira de leite, 1 iogurte sólido ou 1 fatia fina de queijo. Essas quantidades são suficientes para assegurar a ingestão de nutrientes tão importantes.
Cereais e derivados
Os cereais e derivados estão entre os alimentos que precisam ser consumidos em maior quantidade pelas crianças para um regime alimentar equilibrado. São fornecedores de vitaminas, minerais e hidratos de carbono, essenciais para a manutenção dos níveis de energia no organismo.
Recomenda-se a inclusão de 4 a 6 porções diárias nas refeições: arroz, massa, tostas, flocos e outros produtos à base de trigo, centeio, aveia e milho, por exemplo. Nesta fase, convém evitar a oferta de bolachas com açúcar e outros alimentos processados.
Carnes, ovos e peixe
“Come ao menos a carne!” é certamente uma frase muito usada pelos pais, e com alguma razão. No entanto, o consumo recomendado para este grupo alimentar, apesar de bastante significativo, é menor do que o que se imagina. A oferta de 1,5 a 2 porções por dia, o que equivale a 25 gramas de carne, peixe e 1 ovo, é suficiente para manter uma dieta apropriada.
Estas proteínas de origem animal têm um papel fundamental no desenvolvimento dos órgãos e tecidos, além de contribuir com as reservas de ferro e vitaminas do complexo B.
É natural que, com o tempo, as crianças desenvolvam as suas preferências e apresentem recusas alimentares. Os pais devem insistir na oferta dos alimentos essenciais, variando a apresentação, dando o exemplo e utilizando recursos lúdicos que reforcem a importância de comer bem para crescer saudável.
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