A Consulta de Planeamento Familiar deve assegurar, entre outras atividades de promoção da saúde:
- Informação e aconselhamento sexual;
- Prevenção e diagnóstico precoce das DTS (Doenças Transmitidas Sexualmente), do cancro do colo do útero e da mama;
- Prestação de cuidados pré-concecionais e no puerpério;
- Prevenção do tabagismo e do uso de drogas ilícitas ou recreativas.
A consulta de Planeamento Familiar é um momentos privilegiado para a prestação de cuidados pré-concecionais, de acordo com os seguintes procedimentos:
a) Determinar
- O risco concecional de forma sistemática, em particular o risco genético, através da história reprodutiva, médica e familiar.
- Os possíveis efeitos da gravidez sobre as condições médicas existentes, quer do ponto de vista materno, quer do ponto de vista fetal e introduzir as modificações convenientes, orientando de acordo com os riscos identificados, com recurso aos cuidados diferenciados sempre que necessário.
b) Efetuar
- O rastreio de hemoglobinopatias.
- O rastreio da toxoplasmose, da sífilis e da infeção por HIV.
- A determinação da imunidade à rubéola e a vacinação, sempre que necessário.
- A determinação do estado serológico de hepatite B e a vacinação, nas situações de risco.
- A vacinação anti-tetânica, de acordo com o PNV (Plano Nacional de Vacinação).
- O rastreio do cancro do colo do útero, se o anterior tiver sido efetuado há mais de um ano.
- Outros testes laboratoriais, sempre que indicado.
c) Discutir
- O espaçamento recomendado entre os nascimentos, incluindo as questões relativas ao uso dos contracetivos e à sua interrupção.
- Os aspectos psicológicos, familiares, sociais e financeiros relacionados com a preparação da gravidez.
- O estado nutricional, hábitos alimentares e estilos de vida.
- A importância da vigilância pré-natal precoce e continuada.
d) Recomendar
- O registo do calendário das menstruações.
- A suplementação com ácido fólico.
e) Programar
- O acompanhamento de situações de risco.
Programa Saúde Reprodutiva Planeamento Familiar – Orientações Técnicas da Direção-Geral da Saúde, janeiro 2014