- O que é a legionella? Porque é que também se chama “Doença do Legionário?
- Como se transmite? Quais são os sintomas?
- O que fazer em caso de sintomas? Quem corre mais riscos de ser infetado pela bactéria?
- É possível prevenir surtos deste género? Como pode proteger-se da bactéria?
- Qual é o tratamento? Quais as localidades portuguesas afetadas pelo surto?
- Há muitos casos em Portugal? Como é que a Direção-Geral de Saúde está a atuar?
Há muitos casos em Portugal?
Em Portugal, a Doença dos Legionários é uma Doença de Declaração Obrigatória (DDO) desde 1999. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o número de casos na Europa está a aumentar. E Portugal não foge à regra. Pensa-se, no entanto, que a doença seja subnotificada e subdiagnosticada, o que requer cuidados adicionais.
É por isso que a Direção-Geral da Saúde coordena, desde 2004, o Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários.
Entre 2010 e 2013, o INSA registou 284 casos de vítimas infetadas. O período de inverno e início da primavera foi quando se registou o menor número de casos. A maioria dos casos eram residentes na região norte do país, com destaque para os distritos do Porto (91) e Braga (78). Na região de Lisboa e Vale do Tejo ocorreram 71 casos (25%), particularmente nos distritos de Lisboa (59) e Setúbal (12). Aveiro foi o distrito mais afetado na região Centro com 15 casos. O estudo não fala em vítimas mortais.
Como é que a Direção-Geral de Saúde está a atuar?
A propósito do Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários, a Direção-Geral de Saúde (DGS) emitiu uma circular onde dava indicações das medidas a tomar em caso do surto da Doença dos Legionários.
“Qualquer caso notificado de Doença dos Legionários deve ser alvo de uma investigação epidemiológica incluindo um estudo ambiental completo de possíveis fontes de infeção, sempre que a avaliação ambiental assim o justifique, nomeadamente se a fonte de infeção for um equipamento de utilização coletiva”, lê-se na circular.
No caso agora registado, a DGS já anunciou a abertura de um inquérito epidemiológico.
A investigação epidemiológica tem como objetivos a confirmação do caso, a sua melhor caracterização, a procura de casos relacionados e a identificação do reservatório ambiental da bactéria (fonte de infeção) que deu origem ao caso em estudo.
Numa primeira fase há que apurar se existem outros casos relacionados com o inicial, quais as possíveis fontes ambientais da infecção e se há conhecimento de outros casos relacionados com essas fontes. Segue-se o estudo ambiental, com a inspeção sanitária dos edifícios, instalações e equipamentos e com a seleção dos pontos de amostragem para colheita de amostra. Depois procede-se à desinfeção do local.
A DGS afirma que já iniciou o inquérito para descobrir como é que os doentes que chegaram infetados ao Hospital de Vila Franca de Xira foram infetados.