Um dos onze bebés prematuros colonizados com uma bactéria multirresistente detetada no Hospital Santa Maria, em Lisboa, ficou infetado, mas encontra-se bem. Segundo André Graça, diretor do Serviço de Neonatologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), a criança já está a tomar os antibióticos necessários e encontra-se em franca melhoria.
A notícia foi avançada aos jornalistas ontem ao final do dia. Os restantes dez bebés prematuros colonizados e sem infeção ainda se encontram internados, e assim continuarão até a sua alta hospitalar. O responsável avançou, no entanto, que provavelmente até ao fim da semana, dois ou três bebés terão alta.
André Graça explicou que a alta depende de outros fatores, além do estado de saúde dos bebés prematuros, que terão de continuar a resolver a sua colonização “em casa, com o tempo”. “Fora do ambiente hospitalar é uma situação completamente diferente”, afirmou o médico do Santa Maria.
Os dois bebés que estavam negativos na semana passada e estão separados dos outros continuam negativos. “À medida que vamos tendo cada vez mais estudos negativos, maior a probabilidade de não virem a estar colonizados”, referiu o diretor do Serviço de Neonatologia.
Em relação ao bebé que morreu há duas semanas, ainda não existem resultados conclusivos da sua autópsia. O especialista lembrou que era um bebé que tinha vários problemas, além da infeção, que teve um quadro de morte súbita, que pode ter múltiplas causas.
Segundo explicou André Graça, o bebé em questão apresentava uma patologia abdominal, o que representava um maior risco de ter uma infeção. Contudo, não se pode garantir a 100% que foi por causa da bactéria que o bebé faleceu.
O serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria detetou quinze bebés internados colonizados com uma bactéria multirresistente, dos quais onze se mantêm internados, três tiveram alta e um morreu. Há ainda dois bebés que testaram negativo.
1 de agosto 2023