Chegar a casa com um recém nascido é um marco significativo na vida de todos os casais, mas, também, o começo de uma fase exigente.
Os primeiros meses de paternidade são, muitas vezes, descritos como uma montanha-russa, onde as emoções e as hormonas se misturam e podem desregular a saúde mental da recém-mamã.
Há uma grande atenção na preparação do parto. Por exemplo, há as aulas de preparação para o nascimento, listas do que é necessário, tipos de fraldas, o carrinho mais seguro, entre outras coisas, mas esquecemo-nos um plano pós-parto pode ser vantajoso para a família.
Assim, o plano pós-parto não é muito falado (ainda), mas é uma forma de conseguir gerir toda a rotina e nova dinâmica familiar, preservando o autocuidado da mãe.
Porque deve criar um plano pós-parto
Mas, então, em que consiste um plano pós-parto? Basicamente, resume um conjunto de conselhos e dicas práticas para ajudar as famílias a ultrapassar de forma mais tranquila estes meses mais complicados.
Nenhuma mãe e/ou casal está preparada/o para o período pós-parto. É uma fase exaustiva, pelo que a definição de uma estrutura básica com regras, papéis e até expetativas pode ser útil para esta transição para a parentalidade.
No fundo, um plano pós-parto define os desejos, pedidos, limites e sistema de apoio dos novos pais após a chegada do bebé a casa.
Conselhos para sobreviver ao 4.º trimestre
- Definir a sua rede de apoio e destacar alguns contactos de emergência;
- Planeamento de refeições (têm refeições congeladas? Vão optar por take-away? Tem familiares ou amigos que possam trazer-vos comida?)
- Uma lista de produtos que vai precisar para a sua recuperação (cinta pós-parto, cuecas ou fraldas descartáveis, vitaminas, etc);
- Possibilidade de consultar uma assessora de amamentação (caso amamentar seja a sua decisão, estas especialistas podem fazer toda a diferença no processo);
- Pensar se/quando iniciar ou voltar a consultar um terapeuta para ajudar nesta transição;
- Definir responsabilidades com o pai;
- Definir um conjunto de tarefas domésticas que podem ser realizadas por pessoas da rede de apoio;
- Pensar em estratégias de sono que permitam aos novos pais ter um bloco de sono ininterrupto (será benéfico fazer turnos para cuidar do bebé e noutra divisão da casa?);
- Comunicar as suas necessidades e não ter receio ou vergonha de pedir ajuda;
- Criar um plano para as visitas ao bebé (não caia no erro de permitir imensas visitas logo nos primeiros dias. É extremamente cansativo para si e para o bebé);
- Esteja atenta às suas emoções e aos sinais de depressão pós-parto. Inclua o seu companheiro nesta tarefa de forma a estarem ambos conscientes do momento em que pode ser necessário pedir ajuda.
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