O uso da chupeta e a duração do aleitamento materno
Têm sido efetuados vários estudos com o objetivo de avaliar se o uso da chupeta é determinante na duração do aleitamento materno exclusivo.
A maioria dos autores concluíram que a chupeta contribuiu para o desmame precoce e a consequente diminuição do tempo de amamentação exclusiva, apesar de esta conclusão não ser consensual para todos os investigadores.
A teoria de que os recém-nascidos aprendem técnicas de sucção inadequadas e utilizam métodos diferentes na chupeta e/ou biberão e no mamilo não é corroborada por alguns estudos, onde a ideia da “confusão do mamilo” não foi confirmada.
O uso da chupeta está contra indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à sua interferência no aleitamento materno.
Muitos autores relacionaram o uso da chupeta com a curta duração da amamentação relacionando o uso da chupeta com uma diversidade de fatores, tais como:
- O uso a chupeta induz o ato de estar sempre a sugar a seco o que provoca uma maior produção de saliva. Consequentemente, a criança engole maior quantidade de ar e saliva, o que pode dar origem a cólicas no bebé. Uma vez que o estômago é pequeno e uma grande parte está ocupada por ar deglutido, o bebé poderá mamar menor quantidade de leite.
- O uso a chupeta reduz o número de mamadas por dia, levando a uma menor estimulação da mama, e consequentemente a uma menor produção de leite.
- O uso da chupeta induz uma maior dificuldade do bebé em succionar leite a partir da mama, devido à confusão originada por diferentes técnicas de sucção do seio e da chupeta.
A chupeta só deve ser usada até um ano de idade (estratégias para o desmame da chupeta), o que inclui o pico da idade de síndrome de morte súbita no lactente.
Para crianças amamentadas, a chupeta só deve ser oferecida após a amamentação estar bem estabelecida e a mãe se sentir segura na amamentação, o que ocorre por volta do 1º mês de vida.