4 Regras para uma alimentação infantil saudável
Uma alimentação saudável é aquela que consegue suprir as necessidades energéticas e de micronutrientes essenciais a cada uma das fases de desenvolvimento da criança garantindo um crescimento saudável:
- Alimentos naturais e não processados.
- Diversidade de sabores.
- Variedade.
- Cor.
1. Alimentação natural
A alimentação da criança deve ser constituída por alimentos simples, naturais evitando-se os alimentos processados, pré-preparados e similares. A alimentação deve ser nutricionalmente equilibrada e o mais diversificada possível.
Os hábitos alimentares formam-se desde cedo; o bebé vai-se apercebendo dos diferentes sabores dos alimentos ainda no ventre, ao provar o líquido amniótico (no 8º mês da gestação já distingue o doce, o salgado, o ácido e o amargo) e, mais tarde, com o aleitamento materno cujo sabor muda de acordo com a alimentação da mãe.
Legumes, frutas, verduras e leguminosas (prefira os da época, mais económicos e disponíveis) devem incluir-se sempre num regime alimentar saudável.
2. Diversidade de sabores
Experimentar sabores diferentes é fundamental para que a criança desenvolva o gosto por todo o tipo de alimentos. Preparar refeições simples e visualmente apelativas é um importante contributo para a aprendizagem de sabores.
As frutas e os legumes devem ser oferecidos desde a primeira hora e preparados de forma o mais natural possível, sem adição de açúcar ou de sal. O paladar adquire-se gradualmente e não há motivo para a criança rejeitar um alimento à priori.
Os pais devem manter a mente aberta e fugir à tentação de transmitir à criança as suas próprias preferências ou rejeições relativamente à alimentação. Muitas vezes, ter filhos pequenos é uma forma natural de alterar os comportamentos alimentares de toda a família e optar por soluções mais saudáveis.
3. Variedade
O consumo de alimentos variados fornece os diferentes nutrientes necessários ao desenvolvimento e evita a monotonia alimentar. A dieta infantil deve ser rica, interessante nutricionalmente e muito variada.
A forma como oferece os alimentos ao seu bebé influencia a sua aceitação, especialmente nas fase inicial de habituação à nova dieta. Claro que neste processo, é necessária alguma paciência e muita persistência. Se o bebé não aceitar determinado alimento numa refeição, experimente oferecê-lo noutra altura. Pode experimentar prepará-lo de outra forma, por exemplo. O importante é não desistir e não cair na tentação de oferecer apenas os alimentos que a criança aceita melhor.
4. Cor
“Os olhos também comem”. A forma como os alimentos são confecionados e apresentados condicionam a vontade de nos servirmos e a predisposição para experimentar novos pratos e sabores. Se isto é verdade para os adultos, também o é para os mais pequenos.
A cor torna as refeições apelativas e divertidas. As frutas, legumes e verduras são uma fonte natural de vitaminas, fibras e sais minerais. As opções são múltiplas e devem estar presentes em todas as refeições não como adorno mas para consumo.
As frutas devem ser oferecidas após os seis meses de idade, preferencialmente fruta fresca sob a forma de papas, para servir à colher. As primeiras refeições do bebé devem ser feitas com pouca água e os alimentos amassados com o garfo, nunca liquidificados. É importante que a criança se aperceba das diferentes texturas dos alimentos.
Com 8–10 meses, a criança já pode comer os alimentos da família, desde que não sejam condimentados e preparados com sal moderado. Por volta dos 12 meses, a dieta da criança deve estar integrada na da restante família. Incentive o seu filho a beber muita água fora das refeições e evite oferecer-lhe refrigerantes sumos de frutos artificiais e outras bebidas açucaradas, opções que não têm qualquer valor nutricional.