Conheça o papel das vitaminas para melhorar a qualidade do esperma e como a alimentação e certos estilos de vida podem ajudar a aumentar a fertilidade masculina.
Uma dieta nutricionalmente pobre pode afetar a fertilidade masculina e dar origem a determinadas anomalias quer na quantidade quer na qualidade do esperma.
No entanto, é possível aumentar a fertilidade masculina com uma alimentação adequada e um estilo de vida saudável.
O esperma é produzido de modo contínuo, e demora cerca de 3 meses a amadurecer. Assim, mudanças no estilo de vida e na alimentação podem melhorar a qualidade do esperma em apenas alguns meses.
Vitaminas para melhorar a qualidade do esperma
O que constitui um bom esperma?
A qualidade do esperma envolve três fatores essenciais:
- Número dos espermatozoides – o número médio deve ser mais de 20 milhões por mililitro;
- Morfologia – a forma do espermatozoide;
- Mobilidade – a velocidade a que os espermatozoides nadam e avançam depois da ejaculação.
Em geral, quanto maior a contagem, maior a percentagem de espermatozoides normais e móveis e maior a hipótese de engravidar.
As vitaminas e a qualidade do esperma
Pensa-se que cerca de 40% das lesões provocadas no esperma têm a ver com os radicais livres antioxidantes que podem provocar danos nos genes.
As vitaminas A, E e C, o betacaroteno, o selénio e o zinco ajudam a proteger os espermatozoides, impedindo-os de se agruparem, aumentando a sua mobilidade e reduzindo o risco de anormalidades genéticas nos filhos.
As vitaminas são compostos orgânicos e nutrientes essenciais que o organismo não tem condições de produzir. Estas podem ser consumidas na sua forma natural, através dos alimentos, ou através de suplementos alimentares.
Vitamina A
Esta vitamina é essencial para a produção de hormonas sexuais masculinas. A sua carência pode reduzir o volume de sémen, a quantidade e a morfologia dos espermatozoides.
As fontes alimentares incluem ovos, frutos e legumes amarelos, leite, legumes de folha verde-escura e peixe gordo.
Vitamina E
A vitamina E é um importante antioxidante que ajuda a evitar que o elevado nível de ácidos gordos polinsaturados que se encontram nas membranas celulares dos espermatozoides seja danificada pelos radicais livres oxidantes.
A deficiência nesta vitamina pode levar à degenerência do tecido testicular.
As fontes naturais desta vitamina incluem óleos de extração a frio, azeite, gérmen de trigo, vísceras, melaço, batata doce, legumes de folha, oleaginosas, sementes, cereal integral e abacate.
Vitamina C
A vitamina C é um antioxidante vital para várias funções do organismo e também uma das vitaminas essenciais para o desenvolvimento de espermatozoides saudáveis.
A vitamina C aumenta a mobilidade e impede os espermatozoides de se acumularem, fatores tão importante para que consigam atingir o óvulo.
Entre os alimentos mais ricos em vitamina C incluem-se a salsa, pimento, agrião, couve de bruxelas, couve galega, couve portuguesa, grelos, couve-flor e brócolos cozidos, laranja, limão, morango, castanha, clementina, quiwi ou papaia.
Selénio
O selénio é importante para formar espermatozoides bem modelados e para manter o número normal de espermatozoides. O selénio também é um antioxidante que protege as células contra as ações dos radicais livres.
O selénio pode ser encontrado em alimentos como atum, arenque, levedura de cerveja, gérmen de trigo, farelo, cereais integrais e sementes de sésamo.
Zinco
O zinco é um nutriente vital para a produção de espermatozoides saudáveis. É o mineral mais importante na função sexual masculina e é usado em quase todos os aspetos da reprodução como o metabolismo da testosterona, o desenvolvimento dos testículos e a produção de espermatozoides. É também importante para a mobilidade e a quantidade de espermatozoides.
Boas fontes alimentares de zinco incluem carnes magras, peixe, marisco, galinha, ovos, sementes de abóbora, e girassol, centeio, aveia, cereais integrais, leguminosas, gengibre, salsa, cogumelos, levedura de cerveja e gérmen de trigo.
Outras formas de aumentar a fertilidade masculina
Controlar o peso
Há fortes evidências da relação da obesidade com a deficiente produção de esperma. Os homens com excesso de peso e que desejem melhorar a sua fertilidade devem tentar perder peso e alcançar o seu peso ideal (índice IMC).
Controlar doenças crónicas e reduzir o stress
Reduzir o stress e controlar doenças crónicas (como a pressão arterial e a diabetes) também podem contribuir para melhorar a fertilidade masculina.
Evitar temperaturas altas
Devem evitar-se situações que aumentem a temperatura escrotal (como banheira de hidromassagem, sauna, trabalhar com o computador ao colo) e usar roupa interior apertada e sintética (recomenda-se o uso de boxers em algodão).
Ter atenção aos efeitos secundários dos medicamentos
Alguns medicamentos, em conjunto com condições médicas crónicas e febres altas, podem prejudicar a capacidade de produção de esperma pelo organismo. O médico deve ser questionado sobre como certos medicamentos podem afetar a fertilidade.
Deixar de fumar
O tabaco duplica o número de radicais livres, reduz a quantidade e a mobilidade dos espermatozoides e aumenta o risco de anormalidades do esperma e defeitos genéticos do embrião.
Aumentar a hidratação
Beber, pelo menos, dois litros de água por dia – o sémen é constituído principalmente por água.