A segunda semana do desenvolvimento embrionário abarca dois momentos essenciais e delicados do novo ser: a implantação na parede uterina e formação do disco embrionário. Entenda o que acontece na segunda semana do desenvolvimento embrionário.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário
Segunda semana do desenvolvimento embrionário: implantação
Durante a ovulação, o corpo da mulher sofre uma série de alterações que permitem não só o amadurecimento e libertação de um óvulo para possível fertilização mas, também, a criação de todas as condições para a nutrição e implantação do futuro embrião na parede uterina.
Cinco a 6 dias após a fecundação, o blastocisto entra no útero. Entretanto, o tecido que reveste o interior do útero (endométrio) sofre uma série de alterações (mitose) com o objetivo de acomodar o futuro embrião. A parede uterina engrossa e encharca-se de sangue facilitando a fixação do blastocisto na mucosa uterina.
Durante a implantação, surgem outras estruturas de apoio ao desenvolvimento embrionário que se formam a partir das células do blastocisto:
- Saco vitelino primitivo;
- Formação da cavidade amniótica, onde o líquido amniótico se renova a cada 2 horas;
- Instalação da circulação útero-placentária primitiva;
- Formação do disco embrionário bilaminar (epiblasto, hipoblasto);
- Formação da notocorda (eixo primitivo do embrião e que dará origem a diversas partes do bebé).
Cerca de 15 dias após a fecundação, o futuro embrião está firmemente implantado na parede uterina.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário: formação do disco embrionário
O embrião assume a forma de um disco com três camadas de células germinativas que se desenvolvem distintamente umas das outras para dar origem à ectoderme, mesoderme e endoderme:
- Ectoderme: células que dão origem ao cérebro, sistema nervoso, pele e cabelo.
- Mesoderme: células que dão origem ao esqueleto, músculos, sistema circulatório e rins.
- Endoderme: células que dão origem ao trato intestinal, pulmões e outros órgãos internos.
Segunda semana do desenvolvimento embrionário: formação das vilosidades coriónicas
Depois de se fixar na parede uterina, começam a desenvolver-se umas saliências sobre o trofoblasto que se transformam em vasos sanguíneos, denominadas vilosidades coriónicas.
À medida que a placenta se desenvolve, os pequenos vasos sanguíneos penetram no interior da parede do útero para transportar oxigénio e nutrientes ao embrião. Estes vasos sanguíneos comunicam com a corrente sanguínea materna, que se ramificam várias vezes até formarem uma complexa árvore de vilosidades, são a génese do cordão umbilical.
Hormona gonadotrofina coriónica humana (hCG)
As vilosidades coriónicas produzem a hormona gonadotrofina coriónica humana (hCG) hormona testada nos testes de gravidez à urina (que se compram na farmácia) ou ao sangue (realizados em laboratório para confirmação da gravidez).
A hCG também mantém o corpo lúteo no ovário para que este continue a produzir estrogénios e progesterona, hormonas responsáveis pelos primeiros sintomas da gravidez como o aumento do volume dos seios, náuseas, tonturas e cessação da ovulação e da menstruação.
Biopsia das vilosidades coriónicas
Na gravidez, caso exista algum fator de risco ou suspeita de anomalia genética poderá ser realizada uma biopsia às vilosidades coriónicas para estudo dos genes e cromossomas fetais.
Animação do início do desenvolvimento embrionário
Saiba o que acontece na 1ª semana do desenvolvimento embrionário e acompanhe o crescimento do bebé durante a gestação semana a semana.
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