A doença hemolítica do recém-nascido (também denominada eritroblastose fetal, eritroblastose neonatal ou doença hemolítica perinatal) é um quadro clínico no qual os glóbulos vermelhos são decompostos ou destruídos mais rapidamente do que o normal, o que causa hiperbilirrubinemia, anemia e, nas formas mais graves, morte.
Doença hemolítica do recém-nascido
Numa primeira gravidez normal, o sangue da mãe só se mistura com o do feto ao nascimento ou em situações anormais (como aborto ou transfusão de sangue).
Caso o tipo de sangue da mãe seja RhD negativo, depois deste primeiro contacto o seu corpo pode produzir anticorpos anti-D que atravessarão a placenta numa próxima gravidez, causando a doença no feto (Doença Hemolítica Perinatal).
O que é a incompatibilidade RhD?
Se esta for a sua primeira gravidez, o seu médico quererá saber qual o seu grupo sanguíneo. Se o seu rhesus for positivo, não haverá problema. Mas se for negativo, será necessário saber qual o fator RhD do pai.
- Há incompatibilidade RhD quando uma mulher RhD negativo está grávida de um bebé RhD positivo o que acontece em 9 a 10% das gravidezes;
- Em caso de isoimunização, na gravidez seguinte, se o feto for RhD positivo, ocorrerá um problema de saúde em 45 a 55% dos casos (da anemia hemolítica a morte);
- Se o pai não for conhecido como RhD negativo, o Coombs indireto, na pesquisa de Ac anti-D, deve ser repetido entre a 24 e a 28ª semana para todas as mulheres Rh negativo;
- Se for positivo a grávida será referenciada para um consulta de alto risco onde a intervenção poderá diminuir drasticamente a morbimortalidade fetal.
- Se for negativo, o risco de isoimunização está calculado entre 0,7 e 1,8%, o que justifica, para a maioria dos autores, uma injeção de imunoglobulinas anti-D à 28ª semana;
- Quando o recém-nascido é RhD positivo, todas as mulheres deverão receber imunoglobulinas anti-D nas 72 horas pós-parto.
O que é a doença hemolítica do recém-nascido?
A Doença Hemolítica Perinatal caracteriza-se pela destruição de células sanguíneas (hemólise), em recém-nascidos com tipo de sangue RhD positivo, causando anemia grave, icterícia neonatal, lesão cerebral ou mesmo a morte. Esta doença acontece devido à Isoimunização RhD das mães com o tipo de sangue RhD negativo.
Como acontece?
Numa primeira gravidez normal, o sangue da mãe só se mistura com o do feto ao nascimento ou em situações anormais (ex.: aborto), mas depois deste primeiro contacto a mãe pode produzir anticorpos anti-D que atravessarão a placenta numa próxima gravidez, causando a doença no feto.
O que causa a doença hemolítica do recém-nascido?
- Glóbulos vermelhos fetais entram na circulação materna ao nascimento;
- O sistema imunitário materno reconhece esses glóbulos vermelhos;
- Reação de sensibilização com produção de anticorpos pelo organismo da mãe;
- Anticorpos atravessam a placenta e causam a Doença Hemolítica Perinatal.
Como impedir as consequências da Iso imunização RhD?
Às 28 semanas de gestação, é administrada à grávida uma injeção de imunoglobulina anti-D (anticorpos para o fator RhD). No pós-parto, se o recém-nascido for RhD positivo, administra-se nova injeção de imunoglobulina anti-D com o objetivo de proteger uma eventual gravidez posterior.
Tratamento da anemia resultante da doença hemolítica do recém-nascido
A anemia grave causada pela doença hemolítica do recém-nascido é tratada da mesma forma que qualquer outra anemia. Os médicos observam o recém-nascido para diagnóstico de icterícia.
No caso de doença hemolítica do recém-nascido a probabilidade de ocorrer icterícia é maior uma vez que a hemoglobina dos glóbulos vermelhos é convertida no pigmento amarelo bilirrubina, o que dá à pele e à parte branca dos olhos do recém-nascido uma aparência amarelada.
Bibliografia: Folheto “Profilaxia da Isoimunização Rh”, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.