O líquido amniótico tem um papel muito importante no desenvolvimento fetal. Protege o bebé contra choques e movimentos bruscos, mantém a temperatura constante dentro do útero, protegendo-o da perda de calor, contribui para a formação do sistema digestivo e respiratório, entre outras funções.
A perda de líquido amniótico, de forma ligeira ou abundante, pode dever-se a rutura da bolsa de águas ou das membranas que envolvem o feto. Por vezes, a perda de urina pode ser confundida com a perda de líquido amniótico, sendo recomendada a observação pelo obstetra para garantir que não há complicações.
O que fazer se estiver a perder líquido amniótico?
A perda de líquido amniótico antes do terceiro trimestre da gestação levanta duas grandes preocupações:
- O adequado desenvolvimento dos pulmões do bebé
- Parto prematuro
Nestes casos, será observada mais vezes pelo obstetra sendo aconselhável beber muita água, para se manter bem hidratada e repousar.
Quando a perda se dá ao longo do terceiro trimestre, será observada regularmente para avaliação do bem-estar fetal. A partir das 34-36 semanas, o bebé ganha peso, ocupa mais espaço no útero e a quantidade de líquido amniótico começa a diminuir gradualmente, até ao nascimento.
O que pode causar esta perda?
As causas nem sempre são conhecidas, mas existem alguns fatores que podem estar na sua origem:
- Desidratação materna;
- Ruptura da bolsa de águas;
- Menor produção de urina pelo bebé provocada por complicações da placenta que deixa de fornecer os nutrientes e sangue em quantidades adequadas;
- Malformações fetais que interfiram na regular produção de urina;
- Síndrome da transfusão fetal em gravidez de gémeos, quando um bebé recebe menos sangue e nutrientes que o outro, ficando, também, com menos líquido;
- Medicamentos que interfiram na sua produção normal.