O ano de 2021 ficou marcado por um mínimo histórico do número de nascimentos, em Portugal. Pela primeira vez na história do país, nasceram menos de 80 mil crianças num ano. Até ao ano passado, o mínimo histórico tinha sido registado em 2014, ano em que nasceram cerca de 82 mil bebés.
O balanço anual, feito pelo Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge, é feito através do chamado “teste do pézinho”, feito até ao sexto dia de vida dos bebés, para despistar doenças genéticas e consiste na colheita de algumas gotas de sangue através da picada do calcanhar do bebé.
Este exame, com uma cobertura de 99,5% a nível nacional, revela que foram rastreados 79.212 recém-nascidos em 2021, menos 6239 do que em 2020. O primeiro semestre de 2021 já tinha sido noticiado como ter ficado marcado por uma queda abrupta da natalidade.
Estes 70.212 nascimentos representam também uma redução de 8147 face ao registado em 2019, ano em que foram rastreados 87.364 recém-nascidos. Ainda que os dados do Instituto Dr. Ricardo Jorge não seja um balanço de nascimentos, que mais tarde serão revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, estas informações revelam já uma quebra expressiva na natalidade durante os últimos dois anos.
Dentro deste ano de um mínimo histórico de nascimentos, pode-se verificar que setembro foi o mês em que nasceram mais bebés: 7255. Fevereiro foi o mês em que nasceram menos crianças, com um total de 5646 “testes do pézinho” rastreados.
O distrito de Lisboa regista o maior número de nascimentos durante 2021, com 23.494 testes efetuados, seguido do Porto, com 14736. No distrito de Bragança foram rastreados “apenas” 513 bebés. Segundo uma análise. do Jornal i, até 2008 nasceram sempre mais de 100 mil crianças, anualmente, em Portugal.
Depois de uma subida em 2010, desde o ano de 2011, que o número de nascimentos rastreados com o “teste do pézinho”, não ultrapassa os 100 mil.
21 de janeiro 2022