A Crioestaminal, laboratório líder em células estaminais e um dos maiores da Europa, já contribuiu para o tratamento de crianças portuguesas com amostras de células estaminais do sangue do cordão umbilical. A possibilidade de guardar ou doar estas células, aliada ao investimento contínuo em investigação e desenvolvimento para a descoberta de novas terapias celulares, visa alargar as possibilidades de tratamento das famílias portuguesas.
Atualmente, o sangue do cordão umbilical é uma reconhecida fonte de células estaminais com aplicações terapêuticas reais e, também, com forte potencial demonstrado por diversos grupos de investigação em todo o mundo, sendo, atualmente, possível tratar mais de 80 doenças diferentes.
Em Portugal, o caso mais recente é o do Henrique, uma criança de 4 anos que está totalmente curada da anemia aplástica grave, uma doença eventualmente fatal, após ter sido tratado com as suas próprias células estaminais guardadas na Crioestaminal. O menino recebeu alta hospitalar um mês depois do tratamento realizado na Unidade de Transplante de Medula do IPO de Lisboa, em 2019.
Os tratamentos com células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical estão também associados a melhorias e redução dos sintomas em crianças com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA). Vários estudos, envolvendo várias centenas de crianças, têm vindo a evidenciar o potencial das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical para o tratamento de PEA. Num dos mais importantes estudos realizados até à data, na Universidade de Duke, nos EUA, foram identificadas melhorias significativas nas capacidades de comunicação e atenção em crianças dos 4 aos 7 anos de idade e QI não verbal > 70, após tratamento com sangue do cordão umbilical. Em 2018, a Crioestaminal libertou duas amostras, guardadas no seu laboratório, para o tratamento do autismo realizado na Universidade de Duke, tendo-se deslocado aos EUA duas crianças, uma portuguesa e outra espanhola, que receberam uma infusão de células estaminais do seu próprio sangue do cordão umbilical.
Estão também a ser verificados resultados promissores no tratamento da paralisia cerebral, uma doença neurológica motora mais frequente na idade pediátrica, que se estima afetar dois em cada mil bebés. A Inês e a Madalena são duas das crianças portuguesas diagnosticadas com paralisia cerebral, que tiveram melhorias significativas ao nível motor e de desenvolvimento após infusões com as próprias células estaminais do sangue do cordão umbilical guardadas pelos pais no laboratório da Crioestaminal.
O primeiro caso de sucesso de um transplante de células estaminais criopreservadas num banco português realizou-se no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, em 2007, numa criança de 14 meses com uma imunodeficiência combinada severa (SCID), uma doença rara, caracterizada por deficiências no sistema imunitário que a tornava susceptível a infecções graves e, eventualmente, fatais. O transplante foi realizado recorrendo às células estaminais do irmão compatível, que tinham sido guardadas pela Crioestaminal. O Frederico é hoje uma criança com um estado de saúde normal.
André Gomes, Fundador e Diretor Geral da Crioestaminal partilha que “Podermos contribuir para a qualidade de vida das famílias, minimizando as situações mais adversas, é o que nos move diariante. Casos como estes dão sentido aos nossos 18 anos de existência e no Dia Mundial da Criança faz sentido recordá-los”
O laboratótio líder em células estaminais tem feito um investimento constante de 10% do seu volume de negócios em investigação e inovação tecnológica, de forma a desenvolver um conjunto de projetos que visam expandir a aplicação clínica das células estaminais.
PR-Lisboa, 01 de junho de 2021
Sobre a Crioestaminal
A Crioestaminal, com 18 anos de existência, foi pioneira na criopreservação de células estaminais em Portugal, sendo o maior banco da Península Ibérica, e integra atualmente o maior grupo europeu da área, que conta com mais de 450 mil amostras recolhidas e guardadas. Conta também, com o maior número de amostras resgatadas e transplantes realizados, com 99 utilizações de amostras de sangue do cordão umbilical, 10 das quais em crianças portuguesas. Promove um trabalho de referência na terapêutica com células estaminais, com quatro patentes internacionais registadas e vários projetos de investigação em curso. Investe, anualmente, cerca de 10% do seu volume de negócios em Investigação e Desenvolvimento. A Crioestaminal é acreditada internacionalmente para o processamento do sangue e do tecido do cordão umbilical pela Associação Americana de Bancos de Sangue e tem desenvolvido estratégias de acessibilidade de modo a que mais famílias tenham acesso ao serviço. Além de guardar as células estaminais das famílias para o tratamento de doenças, a Crioestaminal promove a possibilidade de acesso a tratamentos inovadores com células estaminais, estando a desenvolver projetos para o desenvolvimento de novos medicamentos.