O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu este fim-de-semana que nenhuma maternidade em Portugal vai ser encerrada. O governante garantiu que nem as maternidades em situação profissional mais complicada no que toca à fixação de profissionais, correm esse risco.
“Nós não vamos encerrar nenhuma maternidade. […] Temos uma situação que eu não escondo e que é muito difícil. Envolve algumas maternidades, nomeadamente nas zonas do interior do país, com uma grande rarefação de profissionais. Mas essas são mesmo zonas onde nós temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para manter as maternidades em funcionamento, porque as pessoas podem ser menos numerosas, mas são portugueses como os outros, têm direito ao SNS e são sítios onde a distância a percorrer é maior”, garantiu Manuel Pizarro à margem da cerimónia que assinalou o Dia Mundial do Cancro, no Porto.
O ministro da Saúde afirmou que a solução colocada em prática, da rotatividade de maternidades abertas durante os fins-de-semana, está a funcionar bem, garantindo “qualidade e segurança” a mães e bebés.
“Acho que a solução que nós encontrámos francamente tem provado funcionar bem, isto é, temos garantido qualidade e segurança às mães e às crianças que nascem e temos garantido previsibilidade e tranquilidade às populações desde que adotámos este modelo de funcionamento alternado, programado com previsibilidade.”
À margem da cerimónia que assinalou o Dia Mundial do Cancro, Manuel Pizarro recordou que deixar qualquer maternidade encerrada teria dois efeitos: “Nalguns casos deixaria as mães demasiado longe da maternidade mais próxima. Isso seria um problema. Noutro caso, isso conduziria ao encerramento de maternidades onde está a ser feita a formação de jovens especialistas.”
De acordo com o governante, a primeira avaliação do sistema de rotatividade, feita em relação aos dois fins de semana do Natal e do Ano Novo, “correram muitíssimo bem”. Durante estes períodos, nasceram 849 crianças em maternidades do SNS. Ainda assim destacou também que o modelo vai continuar “com adaptações” durante o primeiro trimestre de 2023. No final, fazer-se-ão as devidas avaliações.
“Se houver condições para melhorar, melhora-se. A direção executiva do SNS está a fazer esse trabalho, acho que com grande competência”, concluiu Manuel Pizarro.
6 de fevereiro 2023