Na grande maioria dos casos, o cordão à volta do pescoço não representa risco e nem implica fazer o nascer o bebé por cesariana. À medida que a gravidez avança e o bebé se começa a movimentar, é normal que o cordão fique enrolado à volta de alguma parte do corpo do bebé.
Na maior parte dos casos, o fato de o cordão umbilical se enrolar à volta do pescoço não levanta problemas para o bebé. Contudo, e apesar de raras, podem surgir algumas complicações como quando o cordão está demasiado apertado ou prensado por uma parte do corpo do bebé, impedindo a passagem de sangue e comprometendo a passagem de nutrientes e de oxigénio da mãe para o bebé.
Cordão à volta do pescoço
Causas do cordão à volta do pescoço
Dentro do útero o bebé mexe-se dando voltas, espreguiçando-se e dando pontapés. Durante estes movimentos, o cordão umbilical pode enrolar-se à sua volta voltando a desenrolar-se com os movimentos seguintes. Em casos raros, os emaranhamentos não se desfazem.
Um cordão umbilical muito comprido ou bebés muito grandes são dois dos fatores que podem aumentar a probabilidade do cordão emaranhar. A gravidez de gémeos, o excesso de líquido amniótico (hidrâmnios) e as deficiências nutricionais durante a gravidez são apontados como outros possíveis fatores de risco.
Diagnóstico do cordão à volta do pescoço
1. Ecografias da gravidez
Ao longo da gravidez, são realizar algumas ecografias de rotina (pelo menos uma em cada trimestre) e, eventualmente, outras que o médico considere necessárias. Como a posição do cordão umbilical também é observada nestes exames, o problema poderá ser detetado nessa altura.
2. Atividade fetal
Se realmente ocorrer um estrangulamento do cordão umbilical, verifica-se uma diminuição da atividade do bebé a partir da 37ª semana.
3. Monitorização nas consultas da gravidez
O ritmo cardíaco do bebé é monitorizado durante as consultas de rotina, pelo que qualquer diminuição será detetada.
Cordão à volta do pescoço e trabalho de parto
Por vezes, o cordão umbilical só fica à volta do pescoço durante o trabalho de parto. Se tal acontecer, o médico poderá afrouxá-lo para que os ombros do bebé passem pelo pavimento pélvico ou laqueá-lo e o parto prossegue.
A monitorização da frequência cardíaca fetal durante o trabalho de parto, permite uma avaliação contínua e rigorosa do bem-estar do bebé ao longo de todo o processo de nascimento. A avaliação pode ser feita de 15 em 15 minutos, de forma intermitente ou com monitorização contínua.
Caso seja detetada alguma anomalia – através dos batimentos cardíacos o médico consegue saber se há algo de errado com o fluxo de sangue do cordão umbilical – serão adotadas as medidas consideradas necessárias para fazer nascer o bebé em segurança.
Em raros casos em que um nó aperte pode ser necessário realizar uma cesariana.
É fundamental que, perante a suspeita de algum tipo de problema com o seu bebé durante a gravidez, se informe junto do seu médico sobre o que realmente se passa e se e como pode afetar o bebé. Não deve ficar alarmada sem necessidade e só um profissional de saúde qualificado a pode informar e orientar de modo adequado e preciso.
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