Perguntas e respostas sobre vacinas e surtos meningocóccicos do serogrupo B:
- Segurança da vacina meningocóccica do serogrupo B
- Efeitos secundários comuns em adolescentes e jovens adultos
- Efeitos secundários comuns em crianças até aos 10 anos de idade
- Informações básicas acerca da vacina meningocóccica do serogrupo B
- Aprovação da vacina meningocóccica do serogrupo B
- Eficácia da vacina meningocóccica do serogrupo B
- Papel dos antibióticos em surtos meningocóccicos
Q: Porque não podem os antibióticos ser usados por todos?
R: Os antibióticos apenas são dados aos contactos próximos daqueles a quem foi diagnosticada doença meningocóccica; este procedimento é conhecido como profilaxia. Alguém que esteja em contacto próximo com uma pessoa com doença meningocóccica está no máximo risco de contrai a infecção. Os contactos próximos são identificados perguntando às pessoas acerca do grau de contacto e interacção com o indivíduo que contraiu doença meningocóccica. Por exemplo, viver com o doente coloca-o em risco elevado, mas trabalhar no mesmo escritório, ou frequentar as mesmas aulas geralmente não.
Recomendar antibióticos a todo um corpo estudantil não é uma estratégia eficaz para travar um surto. Para compreender porquê, é importante saber como a doença se propaga numa comunidade. As bactérias meningocóccicas propagam-se de pessoa para pessoa e podem causar “transporte” no nariz e na garganta em vez da doença. O transporte significa que as bactérias vivem no nariz e na garganta, mas não invadem o corpo causando a doença. Uma vez que não se tem sintomas, não se saberia se se era portador. Em qualquer momento, apenas um pequeno número de pessoas transporta uma estirpe de surto (possivelmente tão poucas quanto 1 ou 2 em cada 100).
Se se quisesse controlar um surto com antibióticos, ter-se-iam que tratar todas as pessoas em risco ao mesmo tempo. De outra forma, se um portador não recebesse o antibiótico, as bactérias poderiam continuar a espalhar-se uma vez que os antibióticos não proporcionam protecção duradoura. A profilaxia por antibióticos apenas protege o indivíduo durante cerca de 2 dias após terminar o medicamento. Além disso, os antibióticos apenas são cerca de 85% eficazes na eliminação das bactérias transportadas no nariz e na garganta. Isto significa que mesmo que se trate toda a gente ao mesmo tempo, as bactérias ainda poderiam sobreviver e continuar a espalhar-se entre a população. Por último, tratar muitas pessoas desnecessariamente com antibióticos também acarreta riscos, possivelmente causando mais danos do que benefícios. Cerca de 1 em cada 100 pessoas é alérgica a um antibiótico.
Alguns podem nem o saber. Para ajudar a prevenir a crescente ameaça de resistência aos antibióticos, é crucial que os antibióticos apenas sejam usados quando necessário e adequado. Por estas razões, a profilaxia com antibióticos não é uma estratégia eficaz nem recomendada para travar um surto de doença meningocóccica.
Mais informações acerca da vacina meningocóccica do serogrupo B: fichas técnicas e outros recursos sobre a vacina meningocóccica do serogrupo B, Novartis.
Tradução de documento original em http://www.cdc.gov/meningococcal/outbreaks/vaccine… – Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, EUA. Publicado no Mãe-Me-Quer a 1 de janeiro de 2015. Este documento não segue o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.