Quando o seu corpo inicia um novo ciclo menstrual reinicia, também, um novo ciclo de ovulação. As alterações hormonais que afetam o seu corpo todos os meses, até ao fim da sua vida fértil, têm como único propósito criar todas as condições favoráveis à fecundação de um óvulo por um espermatozoide. Conheça a relação entre a ovulação e ciclo menstrual.
Ovulação e ciclo menstrual
O ciclo menstrual, a ovulação e o período fértil são acontecimentos intimamente relacionados com a fertilidade da mulher e na sua capacidade em conceber um bebé. A “matéria” que lubrifica o sistema reprodutor feminino são as hormonas que atuam em todas as fases do ciclo.
Como funcionam as hormonas ao longo do ciclo menstrual?
Ao longo do seu ciclo menstrual, a ação hormonal atua sobre:
- Ciclo dos ovários (fase folicular e a fase lútea);
- Alterações no revestimento interno do útero;
- Temperatura basal do corpo;
- Ovulação;
- Início de um novo ciclo caso não ocorra a fecundação.
O que muda no meu corpo ao longo do ciclo?
O ciclo menstrual engloba três fases: pré-ovulatória, ovulação e pós-ovulatória. Em cada uma delas, as hormonas estrogénio, progesterona, folículo-estimulante (FSH) e a luteinizante (LH) desencadeiam diferentes atividades que controlam o ciclo e ajudam a manter a gravidez.
1. Fase pré-ovulatória (fase folicular do ciclo)
No primeiro dia do período, a hormona folículo-estimulante é libertada pela hipófise no cérebro. Esta hormona estimula um grupo de cerca de 20 folículos, minúsculos sacos de células imaturas com um óvulo também imaturo no interior, a crescer na superfície do ovário. Geralmente, só o folículo maior continua a desenvolver-se e será esse folículo a libertar o óvulo maduro.
Nas duas semanas seguintes, os óvulos crescem e amadurecem e o estrogénio produzido pelos ovários continua a crescer.
A membrana que reveste o interior do útero torna-se mais espessa e irrigada com sangue, preparando-se para receber um ovo fecundado.
Ao mesmo tempo, os níveis de estrogénio aumentam progressivamente, a produção da hormona folículo-estimulante diminui e inicia-se a produção da hormona luteinizante.
O muco cervical, produzido pelo colo do útero, torna-se alcalino, macio e aquoso para manter os espermatozoides vivos e acelerar a sua progressão em direção ao óvulo (saiba mais sobre as alterações do corrimento). Após a ovulação, o corrimento vaginal retoma as suas características habituais, mais hostis ao esperma.
2. Ovulação
Os níveis de estrogénio continuam a aumentar até meio do ciclo e a hipófise produz a hormona luteinizante que desencadeia a ovulação.
- O óvulo maduro (que contêm o material genético da mãe) que se desenvolveu no interior do folículo é expulso para a trompa de Falópio.
3. Fase pós-ovulatória (fase lútea do ciclo)
Os ovários começam a produzir progesterona para impedir uma nova ovulação nesse ciclo. Se não ocorrer a fecundação, os níveis de estrogénio e de progesterona descem e o ciclo recomeça.
- O folículo vazio, que libertou o óvulo, transforma-se no corpo lúteo que produz progesterona, hormona responsável pela manutenção do revestimento uterino durante a segunda metade do ciclo, pronto a receber um ovo fecundado.
Caso ocorra a fecundação, o ovo fecundado permanece na trompa de Falópio durante sete dias. No 7º dia após a fertilização (por volta do 21º dia do ciclo), o ovo (que agora é um embrião em desenvolvimento), desenvolve vilosidades (as chamadas vilosidades coriónicas) que lhe irão permitir implementar-se no revestimento uterino, onde se vai desenvolver durante toda a gravidez.
Estas vilosidades produzem a hormona gonadotrofina coriónica humana (hCG), a hormona detetada nos testes de gravidez (ver Valores da hormona hCG nas semanas iniciais da gravidez).
Conheça em detalhe o que se passa na Primeira semana do desenvolvimento embrionário e na Segunda semana do desenvolvimento embrionário.
Utilize a nossa calculadora da gravidez para calcular a idade da sua gravidez e descobrir a data provável para o parto.