Com 34 semanas de gestação, o seu bebé continua a acumular gordura, necessária para se manter quente. Nesta fase, é provável que se sinta mais cansada e apreensiva com o parto e com os cuidados ao bebé nos primeiros dias de vida. Eis o essencial sobre a sua gravidez com 34 semanas de gestação.
34 Semanas de gestação
- Idade da gravidez: 34 semanas (8º mês, 3º trimestre)
- Idade fetal: 32 semanas
- 34 Semanas de gestação são 238 dias de gravidez
- Comprimento do feto: 43,7 cm (medida da cabeça aos pés)
- Peso do feto: 1900 a 2200 gr (aproximadamente)
- Tamanho: melão pequeno
Como se desenvolve o seu bebé às 34 semanas de gestação?
O bebé continua a desenvolver o seu sistema imunitário e a amadurecer os pulmões. Com a falta de espaço no útero, os seus movimentos tornam-se mais lentos e amplos.
Caso o seu bebé não tenha “dado a volta”, ou seja, ainda não se tenha posicionado de cabeça para baixo, o seu médico poderá manipular o bebé através do abdómen para que se vire.
O que se passa no seu corpo às 34 semanas de gestação
O volume de sangue em circulação no seu organismo aumentou cerca de 50% desde o início da gravidez. Poderá sentir umas contrações ligeiras, denominadas contrações de Braxton-Hicks ou falsas contrações do trabalho de parto.
O aumento do volume do útero, a diminuição da rigidez das articulações da bacia (que se dilata para permitir a passagem do bebé através do canal de parto) e a curvatura para a frente, podem dar origem a dores lombares intensas e frequentes.
Procure adotar uma postura adequada, o mais vertical possível, corrigindo a posição sempre que tender a dobrar as costas.
Por volta desta semana, a sua placenta atinge a maturidade. O grau de maturidade da placenta pode ser obtido pela intensidade, quantidade e extensão de calcificação da placenta. Assim, o grau da placenta é uma forma de avaliar o amadurecimento ou calcificação da placenta e, como consequência dessa avaliação, aferir sobre o bem-estar e o óptimo desenvolvimento fetal.
Entre as 34 e as 35 semanas e 6 dias terá a 5ª consulta de acompanhamento da gravidez. Para além das observações de rotina, irá falar de temas como a preparação da mala para a maternidade e a depressão na gravidez e a depressão pós-parto.
Comichão e alterações da pele
Desde o início da gravidez que poderá ter notado alterações na sua pele que se devem, sobretudo, às profundas variações hormonais. Contudo, no 3º trimestre, com o aumento do peso e do volume da barriga pode sentir outro incómodo: comichão em certas áreas do corpo como na barriga, seios e ancas.
Na maioria dos casos, uma boa hidratação pode ser suficiente para aliviar o desconforto. Experimente substituir o gel de banho por óleo de banho e aplique sempre um creme hidratante nas zonas onde a pele está mais esticada (ventre, peito, ancas e coxas).
Se mesmo assim, o prurido persistir, fale com o seu médico para tratamento adequado. O aparecimento de comichão noutras partes do corpo, como na palma das mãos e planta dos pés, pode ser um sintoma de colestase e necessitar de medicação adequada.
Contrações do trabalho de parto
Nas últimas semanas de gravidez é comum ocorrerem contrações irregulares e indolores, sem que isto signifique o início do trabalho de parto (contrações de Braxton-Hicks) mas, à medida que data do parto se aproxima, as contrações tornam-se mais frequentes, regulares e dolorosas.
No início do trabalho de parto, começa por sentir a barriga mais dura, podendo não haver dor. As contrações verdadeiras vão-se tornando progressivamente mais regulares, mais intensas e mais próximas. Para manter a situação sob controlo e saber quando se dirigir à maternidade / hospital aconselha-se a registar o início e a duração das contrações.
As contrações são uma sensação de aperto (o útero endurece durante uns 30 segundos e depois descontrai-se) e dor abdominal semelhantes a cãibras menstruais com uma dor que irradia em toda a zona abdominal.
Quando se tornam ritmadas de 10 em 10 ou de 5 em 5 minutos, acompanhadas de dores, rotura da bolsa de águas ou sangramento vaginal, está na hora de se dirigir para a maternidade / hospital porque entrou em trabalho de parto.
O sono do bebé no ventre
Estudos sugerem haver um padrão de sono fetal a partir do 3º trimestre da gestação. Este padrão reorganiza-se esta semana e depois no segundo mês após o parto. Consideram-se como sinais indiretos do sono a frequência cardíaca, a presença de movimentos oculares e a presença de movimentos do corpo.
Assim, a partir da 36ª semana de gestação, os fetos apresentam dois estádios distintos de sono e dois estádios distintos de vigília, que se vão alternado a um ritmo e frequência bem diferentes daqueles que se registam durante outras fases da vida.
O feto dorme cerca de 90% do tempo. Em 70 a 90 minutos por dia deste sono registam-se movimentos oculares rápidos (sono REM) e designa-se este sono por sono ativo, enquanto o resto do tempo corresponde a sono passivo. [1]
Depois do nascimento, nos primeiros meses de vida, o ciclo de sono / vigília ajustam-se de acordo com o ritmo da luz diária. Os períodos de sono irão ajustar-se gradualmente e o bebé concentrará o principal período de sono à noite (como os adultos) com sestas mais ou menos longas durante o dia.
[1] A Vida do Cérebro – Da gestação à idade avançada de Alexandre Castro Caldas, edição Verso de Kapa, 1ª edição, fevereiro de 2016
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Durante a gestação, o bebé muda todos os dias e o seu corpo adapta-se a e reage a essa mudança para acomodar e nutrir e o bebé. Lembre-se que cada bebé é único e tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento. As fases do desenvolvimento uterino aqui apresentadas correspondem a observações gerais, podendo ocorrer em períodos anteriores ou posteriores às indicadas.