O parto é constituído por três etapas: dilatação, expulsão e dequitadura.
O que vai acontecer quando chegar o dia do parto?
Se a gravidez decorreu sem complicações para a saúde da mãe e do bebé, a primeira fase do trabalho de parto é passada em casa.
Com a passagem das horas, as contrações tornam-se regulares, intensas e dolorosas. O registo das contrações ajuda mãe a reconhecer o momento para pegar nas malas e ir para o hospital/maternidade. Com cerca de 3 contrações a cada 10-15 minutos está na hora.
Conhecer antecipadamente as instalações, condições e profissionais que estarão a seu lado durante o parto é um passo muito importante para viver esta experiência com tranquilidade e segurança e desfrutar em pleno o nascimento do seu bebé.
Quando chega ao hospital/maternidade e após dar entrada, será feita a triagem pela equipa de enfermagem e observada pela equipa médica.
Depois de preparada, será encaminhada para observação e avaliação do nível de dilatação da cérvix. A sua temperatura e pulsações serão medidas e registadas e bebé monitorizado permanentemente através do Cardiotocografia (CTG), para observação da frequência cardíaca.
Em algumas instituições de saúde, a grávida permanece na sala de partos durante o trabalho de parto, o parto e algum tempo após o parto. Noutras, pode aguardar pela dilatação e realizar a anestesia epidural num quarto partilhado com outras parturientes e só depois ser encaminhada para a sala de partos onde aguardará a dilatação completa e se faz o parto.
Quando chegar o momento do parto será levada para a sala de partos. O seu acompanhante poderá ficar sempre a seu lado desde que as suas condições de saúde e do bebé e os procedimentos clínicos realizados assim o permitam.
Caso seja necessário qualquer procedimento cirúrgico será levada para o bloco operatório.
O internamento é normalmente de 2 dias para o parto vaginal e de 3 dias no caso de cesariana. Em alguns hospitais/maternidades os pais poderão registar o seu bebé no local através do projeto Nascer Cidadão.
1ª Etapa – dilatação no parto
O colo do útero, por onde o bebé passa para sair, começa a encurtar e a dilatar até cerca de dez centímetros. As contrações tornam-se cada vez mais regulares e próximas. É o período mais demorado do trabalho de parto, podendo demorar de 12 a 16 horas, por vezes mais, num primeiro filho.
Se lhe apetecer levantar e andar, pergunte à enfermeira se o pode fazer. Quando estiver deitada, procure virar-se para o lado esquerdo, para facilitar uma melhor oxigenação do feto.
No início e durante a contração, deve inspirar profundamente pelo nariz, como se estivesse a “cheirar uma flor ”, e expelir o ar pela boca, como para “apagar uma vela”. Quando a contração terminar, inspire e expire profundamente. No intervalo das contrações, respire normalmente, relaxando o mais possível.
2ª Etapa – expulsão
Começa quando a dilatação estiver completa. Pode demorar de 20 a 40 minutos no primeiro filho. O feto desce ao longo da bacia e acaba por sair para o exterior através da vagina e da vulva. Pode ser necessário efetuar um pequeno corte (episiotomia) do períneo (espaço entre a vagina e o ânus), para facilitar a saída do feto e evitar “rasgaduras” perineais ou do ânus.
A sua ajuda na fase de dilatação é preciosa. Procure seguir as instruções que lhe são dadas.
Em cada, inspire profundamente e, depois, não deixe sair o ar enquanto faz força. A seguir, expire. Aproveite o intervalo entre duas contracções para descontrair e recuperar as forças.
3ª Etapa – dequitadura
Depois do nascimento do bebé, a placenta e as membranas que envolveram o feto saem por si (se não saírem, o médico tira-as). Deve permitir que lhe massajem a barriga para ajudar a placenta a desprender-se do útero.
A seguir, se tiver sido necessário cortar o períneo durante o parto, há que fazer a sutura (coser) do corte. Não vai doer porque a zona estará anestesiada.
Após o parto, deve ficar deitada de barriga para cima. Se sentir que está a perder muito sangue, chame a enfermeira.
O que é a anestesia epidural?
É uma técnica utilizada para o tratamento da dor no parto. Consiste na introdução de um cateter (tubo) na coluna lombar (espinha), através do qual são administrados os medicamentos.
Este procedimento não é doloroso para a grávida, porque antes é feita uma anestesia local da pele. No entanto, a sua colaboração é preciosa para o sucesso da técnica. Colabore com a enfermeira e a anestesista, fazendo o que elas lhe recomendarem.
Após a analgesia, as contracções do útero e o trabalho de parto continuam a evoluir. Estará desperta, mas sem dores. Vão sendo dadas doses de analgésico, de duas em duas horas, ou sempre que se julgue necessário, até o bebé nascer. Deste modo, estará pronta a colaborar e a fazer a força necessária para o nascimento do bebé, sem a dor incomodativa.